Para a psicóloga clínica e terapeuta familiar, Fátima Riani, as escolas não mudaram tanto quanto a própria sociedade. “Esse na verdade é um dos fatores que explicam as causas da violência escolar, por exemplo”, enfatiza a profissional.
Ela afirma ainda que, enquanto a sociedade cobra cada vez mais dos jovens conhecimentos, tecnologia e especialização, a escola continua a oferecer processos de ensino-aprendizagem extremamente arcaicos, baseados em outra realidade que não a do jovem ‘produzido’ por essa sociedade da velocidade e do consumo, e que gera portanto muito mais exclusão.
Fátima Riani esclarece ainda que o adolescente que tem que dar conta da velocidade da internet, de saber cada vez mais sobre tudo (se quiser entrar no concorrido mercado de trabalho atual) e que tem como lazer o videogame e a frenética velocidade da televisão. “É o adolescente que queremos que fique calado e inerte dentro de uma sala de aula para receber o conteúdo que o professor passa, e aí está uma das maiores contradições desses tempos”, alerta.
Fonte: Jornal Cidade
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