Raíssa Mokarzel
Especial para o UOL Notícias
Em São Caetano do Sul (SP)
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Em São Caetano do Sul (SP)
O estudante E.P., 14, afirmou que o garoto D.M.N., 10, que atirou na professora e se matou na tarde desta quinta-feira (22) na escola municipal Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul (SP), era muito tímido e não tinha amigos. E.P. é amigo do irmão de D.M.N., que estudava na mesma escola.
“Ele era muito tímido, e por isso sofria bullying. Não tinha muitos amigos e não fala com muitas pessoas”, afirma o estudante.
“Ele era muito tímido, e por isso sofria bullying. Não tinha muitos amigos e não fala com muitas pessoas”, afirma o estudante.
O caso ocorreu por volta das 15h50 desta quinta-feira (22). O aluno D. M. N., do 4º ano, efetuou os disparos contra a professora e atirou duas vezes contra a própria cabeça. Ele morreu uma hora depois no hospital de emergência Albert Sabin, em São Caetano, após duas paradas cardíacas.
Baleada no quadril, a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38, foi encaminhada ao Hospital das Clínicas, mas não corre risco de morte. A arma utilizada pelo garoto foi um revólver calibre 38, que pertence ao pai, o guarda municipal Nilton Nogueira.
E.P. presenciou os momentos de desespero na escola que se seguiram após a tragédia. “A turma inteira saiu correndo quando ouviu o barulho. Achávamos que era bandido. Quando vimos que uma criança tinha sido atingida, fomos para sala e trancamos a porta com cadeiras”, relembra.
Durante a correria, E.P. conta que viu o irmão de D.M.N.: “ele não estava chorando, mas estava tremendo muito”, afirma.
Arma era do pai
Segundo o capitão do 6º BPM de São Caetano, Robinson Castropil, a criança pediu para ir ao banheiro e quando voltou, atirou contra a professora, saiu para o corredor e atirou em si mesma.
O garoto era filho de um guarda municipal e teria usado a arma do pai --um revólver calibre 38. Segundo a delegada Lucy Fernandes, que investiga o caso, o guarda municipal Nilton Nogueira foi até o colégio antes do fato para tentar recuperar seu revólver, após sentir falta da arma.
Ainda não se sabe o motivo do crime. A polícia afirmou que vai tentar traçar um perfil psicológico do aluno para esclarecer o caso.
O corpo do menino foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) do município. Ainda não se sabe onde a família irá velar o corpo.
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