A pesquisa apontou que 18,4% dos jovens já sofreu cyber-bullying e que apenas 45% deles admitiu que buscaria ajuda dos pais ou dos amigos
Por Época NEGÓCIOS Online
Quase um em cinco adolescentes já foi vítima de bullying pela internet, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (01/08) no Reino Unido. A maior parte das vítimas é de meninas. Os jovens que sofreram bullying pela internet, redes sociais ou celular, afirmam que sua confiança ficou abalada e deixaram de ir à escola para fugir dos comentários maldosos dos colegas.
O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Anglia Ruskin, entrevistou 500 adolescentes com idades entre 11 e 19 anos.
Entre os entrevistados, 18,4% (quase um quinto) admitiu ter sofrido bullying pela internet ou pelo celular, com fotos e mensagens passadas entre conhecidos.
Das 273 garotas ouvidas, 22% (60) disseram que haviam tido problemas com bullying, enquanto 13,5% dos 200 meninos (27) admitiram o problema.
A situação se mostrou mais complicada quando os pesquisadores perguntaram quantos já haviam presenciado cyber-bullying ou conheciam uma vítima. As respostas aumentaram para 66% (dois terços).
Questionados sobre o impacto dessa prática em suas vidas, mais de 30% dos jovens que passaram por bullying pela internet ou pelo celular disseram que sua confiança havia sido "muito abalada". Já 52% disseram que isso havia afetado sua saúde mental e emocional. Cerca de 29% chegaram a faltar na escola e 39% simplesmente pararam de participar de atividades extra-curriculares, como encontros fora da sala de aula.
Para os pesquisadores, entretanto, o fato mais preocupante é que apenas 45% dos jovens afirmaram que procurariam ajuda para lidar com as consequências de bullying. Dos que pediram ajuda, a maioria procurou os pais e os amigos.
"A maioria das interações pela internet são positivas ou neutras, mas há sempre novas maneiras de se praticar bullying", disse Steven Walker, responsável pela pesquisa. Segundo ele, a maioria dos jovens deixou claro que quem pratica esse tipo de bullying não pensa que está fazendo mal a alguém. "Eles enxergam a prática como uma brincadeira, uma piada", afirmou.
"Com o aumento do uso de redes sociais entre os jovens, essa prática só tende a crescer, enquanto o governo não enfrentar o problema de frente", disse Walker.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário