sexta-feira, 6 de julho de 2012

“Salgando” a estrutura do bullying!

Marcos Luiz Gilioti
Você já recebeu apelidos? Já “zoaram” com você? Já foi vítima de fofocas, humilhação? É, caro leitor, provavelmente já foi vítima de bullying! Mas, da mesma forma, você já cometeu estes atos? Qual tem sido sua postura, frente a isso? De “Bully” ou de “Sal”? Você tem “salgado” esta maligna estrutura ou tem participado ativamente? Faz a diferença, atua ou é conivente?

Bem, por ser um assunto superatual e bem divulgado, basicamente, uma grande maioria já ouviu falar de bullying. Mas vamos retomar o significado. É um termo inglês que expressa atos de violência física e/ou psicológica, realizados por um ou mais bully´s (valentão-agressor), que pode desencadear conseqüências sinistras, causando muitos danos psíquicos/ emocionais, que se não tratados poderão tornar-se irreversíveis, como o suicídio, por exemplo. Representa diversos comportamentos inadequados, considerados “agressivos”, intencionais e repetitivos, abusivos, direcionados a outrem, como: humilhar, fofocar, torturar, apelidar, perseguir, desprezar..., desencadeando sofrimento de angústia e dor. Podendo ocorrer em qualquer lugar, ou seja, de maneira presencial ou virtual – o também chamado: Cyber Bullying – ex: comunidades na net depreciando a imagem de alguém.


Esta estrutura do “cão” está plantada na inflexibilidade, intolerância e no desrespeito às diferenças, expressando assim, uma antítese do que Jesus nos ensina em sua Palavra, estando, obviamente, no sentido inverso do, “amai-vos uns aos outros”. E é com muito pesar, tristeza, que afirmo a notoriedade desse contra Princípio, de desconsideração às diferenças, ainda está enraizadas em nossa sociedade, incluindo as comunidades que objetivam um viver espiritual, um caminhar em fé. As quais deveriam ser locais, somente de construção sadia, apoio, cura...; porém, por meio de alguns membros desavisados, incoerentes, insensatos, também tem ferido ou agravado ainda mais as mazelas já existentes em algumas pessoas. Essas comunidades, muitas vezes, tem sido palco da continuidade de dores que as vítimas trazem de fora, pois as agressões continuam ecoando entre os membros, e muitas vezes sem o conhecimento, ou mesmo, posicionamento de combate desta estrutura por parte de lideranças. Que em muitos casos, juntamente, atuam como os próprios “bully´s. Tiago 2:1,9, diz: “...não façais acepção de pessoas... mas se fazeis,... cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores”.


Diante de toda esta estrutura, precisamos entender que tais posturas de ficar constantemente fazendo chacotas das diferenças dos outros, fofocando, fazendo acepção... seja dentro ou fora de uma “comunidade”, está na contramão do desejo de Deus. Sendo inadmissíveis, tais práticas, especialmente nestes ambientes, por ser um lugar no qual estão pessoas que professam e vivem uma fé que não cabe raiz de violência, nem de discriminação. Precisamos ter noção que isso é muito sério, não é brincadeira, não; pois podemos estar colaborando no rebaixamento da fé das pessoas, afastando-as do bem. “...qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar”, (Mt 18:6). A final de contas, com atitudes de bully, estaremos ajuntando ou espalhando para o Reino da luz, dos Princípios? Jesus já nos advertiu: “Quem não é por mim, é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha”, (Mt 12:30).


Pessoal, precisamos aprender que alguns comportamentos devem ser enterrados, deixando aflorar uma “nova criatura” e, urgentemente, “salgar” esta estrutura bullyinista, ou seja, fazer realmente a diferença, combatendo a tal. Não podemos fazer vistas grossas e/ou espiritualizar o problema, pois está ao nosso lado, muitas vezes somos as vítimas e muitas delas os bully´s.


Vamos lá! Mobilizemos-nos como separados para a prática do bem, e com estratégias simples, combater o bullying, como o tratar as pessoas em Princípios, de amor, aceitação, respeito... “Vós sois o sal da terra; mas se o sal vier a ser insípido, com que há de salgar? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens”, (Mt 5:13).


O autor,
Marcos Luiz Gilioti, é psicólogo organizacional, consultor empresarial pela Transcendência Consultoria: Gestão e Desenvolvimento de Pessoas. www.transcendencia.net – marcos@transcendencia.net

Fonte: JC NET

Um comentário:

  1. Aos idealizadores do site, primeiramente parabéns pelo trabalho, e obrigado pelo privilegio de postar um artigo meu!!!
    Abraços,
    Marcos Gilioti

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