Da Redação
Cerca de 200 pessoas acompanharam, nesta terça-feira (17.07), a
assinatura do termo de cooperação técnica para implantação do programa
Escola Segura, em Mato Grosso. A solenidade ocorreu no Centro de
Educação de Jovens e Adultos (Ceja), Antonio Cesário Neto, em Cuiabá, e
contou com as presenças dos secretários de Estado de Educação, Ságuas
Moraes; de Segurança Pública, Diógenes Curado; demais autoridades;
profissionais da Educação; e alunos.
Criado pelo Governo do Estado, com o intuito de promover ações de
prevenção e combate à violência nas escolas, principalmente no que tange
ao consumo e ao tráfico de entorpecentes nas unidades de ensino e no
entorno, o programa integra as ações do ‘Pacto Estadual de Enfrentamento
às Drogas’ lançado em novembro de 2011. O desenvolvimento do Escola
Segura será realizado de maneira integrada pelas Secretarias de Estado
de Educação (Seduc), de Segurança Pública (Sesp) e de Justiça e Direitos
Humanos (Sejudh).
Em discurso no evento, Ságuas Moraes ressaltou que a coordenação do
programa ficará instalada na Seduc, que desde 2007 desenvolve projetos
voltados à promoção da paz nas unidades de ensino. “Antes contávamos com
recursos para financiar as ações desenvolvidas pelas próprias escolas
no que se refere a temática. Mas desde o ano passado quando criamos o
‘Paz na Escola’ começamos a trabalhar em conjunto com as outras
secretarias de Estado à criação do Escola Segura que funcionará de
maneira permanente”, disse.
O secretário de Educação disse ainda que “nesse início” as ações do
programa serão aplicadas nas escolas de Cuiabá e Várzea Grande, com
destaque para as 40 unidades que possuem um alto índice de
vulnerabilidade social. “Cada uma delas terá ações específicas que serão
desenvolvidas em parceria com as respectivas comunidades escolares”.
Entre os trabalhos estão a realização de diagnósticos das situações de
violência que afligem os alunos e educadores, para “a tomada de medidas
de forma integrada”.
De acordo com o comandante Geral da Polícia Militar (PM), coronel Osmar
Lino Farias, cem policiais militares trabalharão junto às unidades de
ensino nesse trabalho de levantamento dos problemas visando a promoção
de atividades preventivas, bem como de repressão a atos de violência.
“Já temos a ronda escolar que foi implantada em nove escolas de Várzea
Grande e agora vamos ampliá-la na cidade e estender as ações para a
Capital. Esses policiais atuarão dentro das escolas e no entorno”,
afirmou.
Conforme o coordenador do programa Escola Segura, major James Ferreira,
os policiais já estão sendo capacitados por meio do curso de
Policiamento Comunitário Escolar ofertado pela Secretaria Nacional de
Segurança Pública do Ministério da Justiça, e a partir do dia 31 deste
mês já estarão aptos para atuarem junto às escolas.
Prevenção
Para o secretário Diógenes Curado, o Escola Segura é mais um trabalho
preventivo que contribui para o fortalecimento do combate às drogas
junto à comunidade escolar. “Esse programa, assim como outros
desenvolvidos pela segurança como o Proerd, Rede Cidadã e o Cara Limpa
com as Drogas”, visam reduzir os índices de violência junto às crianças,
adolescentes e jovens. “Com o sucesso desse novo programa, a ideia é
expandir os trabalhos para as escolas de todo interior do Estado”,
afirmou.
O secretário adjunto de Direitos Humanos, Genilto Nogueira, também
defendeu a ampliação do programa. “A droga está próxima de todas as
famílias e esse projeto, que tem a integração dos poderes e da sociedade
organizada é um processo de salvação dos nossos jovens”, avaliou. A
mesma opinião possui a professora do 1º segmento da Educação de Jovens e
Adultos (EJA) do Cesário Neto, Dasilvania Nobre. “A questão das drogas
afeta muito nossa escola, esperamos que esse programa traga melhorias”,
disse.
A professora conta ainda que em função da oferta e consumo de
entorpecentes muitos alunos deixam de frequentar o Ceja, mas “com o
Escola Segura esperamos mais segurança para que possamos trabalhar e
nossos estudantes possam sentir ânimo para virem as aulas e em paz”.
Para o estudante do Ensino Médio da EJA, Carlos Alberto, a presença da
polícia de maneira permanente na unidade vai ser importante, porém ele
defende que toda a comunidade se junte no apoio as ações do programa.
“Todos juntos temos que ajudar para que o Escola Segura seja um sucesso,
pois assim não somente nossa escola, mas todas que passam por problemas
de violência serão beneficiadas”, finalizou.
Fonte: O Documento
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