terça-feira, 17 de julho de 2012

Projeto tenta reduzir índice de violência nas escolas estaduais


CAPITÃO da PM, Tiago Ribeiro: meta é treinar todos os 750 vigilantes que trabalham nas escolas do Estado
Dados do Pelotão Escolar apontam que nesse ano já foram registrados 63 casos de violência nas escolas da rede estadual. O número representa um avanço, se comparado com as estatísticas de 2010, quando foram registradas 170 ocorrências. Para tentar manter essa queda, os 750 servidores que atuam nas escolas como vigilantes passarão por uma capacitação. As inscrições do curso de Vigilantes Comunitários podem ser feitas até o dia 20 de julho e é uma realização da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) em parceria com a Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipe), vinculada ao Comando de Policiamento Comunitário (CPCOM).
 

As inscrições podem ser feitas nas Gerências Regionais da Seduc. As aulas terão início no dia 20 de agosto e terão duração de 120 horas, de segunda a sexta, respeitando os horários de plantão dos vigilantes. De acordo com o capitão da Polícia Militar, Tiago Ribeiro, a meta é treinar todos os vigilantes que trabalham nas unidades estaduais de ensino em Teresina. As disciplinas ministradas terão como base os currículos da formação de seguranças da Secretaria Nacional de Segurança Pública e da Polícia Comunitária.
 

Para ele, o curso representa a valorização dos profissionais vigilantes, permitindo que eles mudem de padrão, já que ao passarem em concurso para função não recebem um treinamento adequado. "Entre as várias disciplinas ministradas estarão as de primeiros socorros e defesa pessoal, pois percebemos que os profissionais ainda carecem de conhecimento técnico em relação a vários quesitos de segurança", explica.
 

O curso é parte de um projeto-piloto e visa diminuir a violência nas escolas, principalmente em relação aos furtos e ao vandalismo, que são maioria entre as ocorrências registradas. "Queremos fomentar uma parceria com os vigilantes das escolas e com isso ter uma visão mais efetiva dos problemas que geram a violência", afirma o capitão. A partir daí, os casos serão trabalhados diretamente com a família dos alunos, com palestras e visitas às residências. "Vale mais a pena entrar em contato com a família e ver quais os fatores que desencadeiam um mau comportamento dos estudantes do que fazer somente o trabalho de repressão", defende.
 

Além do curso de formação, o projeto de combate à violência no ambiente escolar também prever a instalação de 4 câmeras em 43 escolas. A previsão é de que elas já comecem a funcionar no dia 15 de agosto nas escolas onde o índice criminalidade é mais elevado. Outra medida é a criação de grupos de escoteiro, visando, de modo geral, uma maior conscientização dos alunos através desse tipo de educação complementar.


Fonte: Diário do Povo do Pirauí

Nenhum comentário:

Postar um comentário