Diário OnLine
"Não é uma brincadeira. Não é uma boca para o ar. É uma repetição, uma espécie de rotina.", Tânia Paias (2014) no prólogo do seu livro "Tenho medo de ir à escola".
A violência entre pares é uma realidade, que muitas vezes esquecida e ignorada. Porque será que agora os jovens acham normal estas situações?
Nas últimas semanas assistimos a um aumento da exposição pública de situações degradantes e de humilhação gratuita por parte de jovens. Digo que é um aumento da exposição, porque a situação é grave, mas não é nova. Sempre houve situações de agressão, de conflito, que agora apelidamos de bullying, mas será que não havia mais predisposição dos jovens de antigamente para lidar com estas situações?
Não chega falar, debater, discutir, sobretudo é preciso agir - agir junto de toda a comunidade escolar: alunos, professores, funcionários e pais. Todos nós temos a responsabilidade de agir, não ser um sujeito passivo perante estas situações, perante o que assistimos ou sabemos.
Tenho a certeza que as situações que assistimos nos preocupam, nem que seja pelo receio que isso nos possa acontecer. Nem sempre as crianças e jovens se conseguem defender das situações de bullying, quer seja agressão física, como psicológica. Até porque com o novo conceito de cyber bullying a entrar nas nossas casas, a exposição pública, a que nós, e em especial as crianças e jovens ficaram, é demonstrativo do que pode acontecer.
Apesar de ser um problema em grande parte na escola, não é exclusivo desta, é um problema que passa para a sociedade, é um problema de todos nós.
Não podemos, e sobretudo não devemos esperar mais, nem aguardar para ver o que acontece - está na altura de agir.
Portugal tem de ter a vontade e coragem política, e também cívica, para avançar para um plano de combate ao bullying. É algo que tem sido defendido por inúmeros especialistas nesta área, aqui quero destacar Luis Fernandes, autor do livro "Plano Bullying : como apagar o bullying da escola". Para este especialista é para ontem a implementação do Plano Nacional de Combate ao Bullying – eu estou com ele, e vocês?
Vamos todos começar a exercer a nossa cidadania, e estar atentos.
Vamos todos ajudar, e contribuir para apagar o bullying das nossas escolas e da nossa sociedade.
João Bárbara
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