Ele deixou as unhas coloridas em solidariedade ao enteado de 4 anos, que havia sofrido discriminação dos colegas na escola
Vinícius Andrade - Encontro Digital
O pequeno Arthur entre o padrasto e a mãe: ele sofreu bullying na escola por ter pintado as unhas coloridas
Uma história contada no Facebook emocionou os internautas de todo o Brasil. Thiago Moreira, morador de Ouro Preto, na região central de Minas Gerais, explicou, por meio da rede social, o motivo pelo qual pinta as unhas. O hábito não é uma tendência da moda, mas, um apoio à brincadeira do enteado Arthur, a quem chama de filho. Um dia depois da publicação, mais de 7 mil pessoas compartilharam a postagem. A repercussão rompeu as fronteiras da cidade mineira e Thiago não para de receber mensagens de apoio.
A motivação para a história se deu no fim de abril deste ano, quando o pequeno Arthur, de 4 anos, chegou da escola chateado porque outra criança havia falado que "ele parecia uma menina" devido às unhas coloridas. Segundo Thiago, o enteado é apaixonado por cores e sempre que vê a mãe pintando as unhas, tem vontade de fazer o mesmo. Assim que soube do bullying, o padastro entrou na "onda" do menino e passou a levá-lo e buscá-lo na escola com as unhas pintadas pelo próprio enteado. "Ele é uma criança, não sabe sobre preconceitos; não ensinamos isso em casa", desabafa Thiago Moreira nas redes sociais.
Coragem
Para a psicóloga clínica Martha Elizabeth, a atitude de Thiago foi corajosa e merece destaque. "É um absurdo a postura preconceituosa contra a criança. É muito bacana a atitude do pai, porque ele não admitiu o bullying sofrido pelo garoto. É papel da família conversar, assim como da escola, que precisa se posicionar mais abertamente sobre essas práticas intolerantes. O diálogo é fundamental", destaca a especialista.
O pai biológico de Arthur, Luiz Ernesto, que mora em Santa Catarina, apoia a decisão de Thiago. "Eu assino embaixo e quero que alguém venha falar algo sobre o Arthur, sobre a mãe dele e sobre o novo pai dele", escreve em seu perfil do Facebook. De acordo com a psicóloga Débora Galvani, o amparo da família contribui para desmistificar um preconceito. "No Brasil, é consenso que homem não pode pintar as unhas. Mas, quem determina isso? Uma criança de 4 anos ter as unhas coloridas não é definição de sua sexualidade", aponta Galvani.
A motivação para a história se deu no fim de abril deste ano, quando o pequeno Arthur, de 4 anos, chegou da escola chateado porque outra criança havia falado que "ele parecia uma menina" devido às unhas coloridas. Segundo Thiago, o enteado é apaixonado por cores e sempre que vê a mãe pintando as unhas, tem vontade de fazer o mesmo. Assim que soube do bullying, o padastro entrou na "onda" do menino e passou a levá-lo e buscá-lo na escola com as unhas pintadas pelo próprio enteado. "Ele é uma criança, não sabe sobre preconceitos; não ensinamos isso em casa", desabafa Thiago Moreira nas redes sociais.
Thiago Moreira (esq.) pinta as unhas de verde em solidariedade ao enteado Arthur, que tem apenas 4 anos e sofreu discriminação na escola
Coragem
Para a psicóloga clínica Martha Elizabeth, a atitude de Thiago foi corajosa e merece destaque. "É um absurdo a postura preconceituosa contra a criança. É muito bacana a atitude do pai, porque ele não admitiu o bullying sofrido pelo garoto. É papel da família conversar, assim como da escola, que precisa se posicionar mais abertamente sobre essas práticas intolerantes. O diálogo é fundamental", destaca a especialista.
O pai biológico de Arthur, Luiz Ernesto, que mora em Santa Catarina, apoia a decisão de Thiago. "Eu assino embaixo e quero que alguém venha falar algo sobre o Arthur, sobre a mãe dele e sobre o novo pai dele", escreve em seu perfil do Facebook. De acordo com a psicóloga Débora Galvani, o amparo da família contribui para desmistificar um preconceito. "No Brasil, é consenso que homem não pode pintar as unhas. Mas, quem determina isso? Uma criança de 4 anos ter as unhas coloridas não é definição de sua sexualidade", aponta Galvani.
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