quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sanção disciplinar não deve ser castigo, diz Promotor de Justiça em palestra

 
A elaboração de um regimento escolar atual e condizente com a realidade da instituição de ensino foi apontada como alternativa para solucionar a violência nas escolas, durante a participação do Ministério Público de Rondônia no curso de formação ofertado pela Secretaria de Estado da Educação a orientadores, supervisores, psicólogos e psicopedagogos, nesta quarta-feira (22), no auditório do Rondon Palace Hotel, em Porto Velho. Na ocasião, o Promotor de Justiça da Infância, Marcelo Lima de Oliveira, ressaltou o caráter pedagógico que precisa ser impresso nas sanções disciplinares. "Sanção disciplinar não deve ser castigo, tem que resultar em aprendizado", afirma.
 
Abordando a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e os princípios constitucionais que regem a educação, o Promotor de Justiça destacou fundamentos que devem ser observados na elaboração dos regimentos internos escolares, documentos que preveem o regramento de funcionamento das escolas e de conduta de suas comunidades.
 
Segundo ele, as ações disciplinares devem atender os princípios de proporcionalidade e atualidade, de forma que os profissionais intervenham junto ao aluno, no momento em que ele apresenta determinado problema em sua conduta. “Se o estudante teve um número excessivo de faltas, a escola precisa tomar uma atitude naquele momento, e não meses depois. Situações equivocadas como estas têm ocorrido em Porto Velho”, disse.
 
Ao ministrar a palestra, intitulada “Violência na escola, o que fazer?”, o integrante do MP afirmou conhecer a realidade dos profissionais da área técnica da educação, acrescentando que, em geral, supervisores, orientadores e psicólogos se sentem sobrecarregados pelo cotidiano de conflitos escolares, mas também cobrou dos profissionais um posicionamento proativo diante dos problemas identificados na área da educação nos dias de hoje. 

Autor: Ascom

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