Por:
GEAN FABIO
A violência nas escolas é uma transgressão da ordem e das regras da
sociedade, é um atentado direto contra a vida, saúde, integridade física
e mental ou ainda a liberdade individual legitimada por práticas
transgressoras da ordem social. A partir do processo de democratização
da escola, evidencia-se o paradoxo inclusão/exclusão quando os sistemas
de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo indivíduos e
grupos considerados fora dos padrões homogeneizados da escola. Neste
contexto, compreender e caracterizar a função do supervisor educacional
no processo educacional não ocorre de forma independente ou neutra. Essa
função decorre do sistema social, econômico e político e está
relacionada a todos dos determinantes que configuram a realidade da
comunidade escolar (gestores, professores, pais e alunos) ou por eles
condicionada.
A função do supervisor educacional sempre esteve
atrelada ás politicas educacionais, daí a constante modificação do seu
fazer. Com as demandas que surgem no dia a dia da escola. O supervisor
precisa ser um articulador entre a escola e os comportamentos sociais
nas suas mais diferentes mudanças. A sua prática estará diretamente
ligada à dinâmica da escola, sendo o coordenador de toda organização e
avaliação das atividades para a construção de uma política mais
comprometida com a realidade social e seus conflitos para que o aluno
possa ter um bom desempenho escolar. O desenvolvimento da sociedade
moderna representa motivos de muita reflexão, principalmente pelo fato
de que a área educacional possui muitos problemas e que diretamente
vinculam-se as demais atividades sociais visto que são tais
profissionais que irão atuar junto ao mercado de trabalho.
Existe uma preocupação com a formação humana e com a
forma com que o educando vem obtendo o conhecimento científico.
Acredita-se na viabilidade de fazer do ambiente escolar um espaço
construtivo, que desperte o interesse do educando para aprender e fazer
do professor um mediador do saber.
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política,
cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de
todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum
tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui paradigma
educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga
igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em
relação à idéia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias
históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.
Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino
evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e
criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço
central no debate.
A partir da visão e do entendimento de que a educação inclusiva é uma
ação política, cultural, social que abrange todos os seguimentos da
comunidade.
A presença da violência nas escolas
A Violência nas escolas pode ser caracterizada por imposição de algo
realizado por um individuo ou grupo social a outro ínvido a outro grupo
social. As formas de violência podem ocorrer de duas maneiras: físicas e
psicológicas, se forma física é de fácil mais perceptível, a violência
psicológica ocasionada por ameaças e humilhações, intimidações e
desrespeito, na maioria das vezes são percebidas, contribuindo para um
ambiente de segregação dentro da escola, com grupos que marcam seu
território ou espaço de gerar violência. A violência nas escolas uma vez
que a escola é uma instituição que tem como objetivo socializar e ré
socializar para viverem e produzirem determinadas relações e é de
fundamental importância à participação do supervisor educacional com um
perfil totalmente voltado para mediar esse processo que afeta
negativamente a escola e toda comunidade. Com tantas mudanças que ocorre
na sociedade houve mudança no perfil do supervisor educacional para
mediar essas relações conflituosas.
Desse modo, no que tange o comportamento agressivo
e violento parte das inúmeras relações e mudanças que acontece na
sociedade nos seus aspectos políticos, econômicos e familiar que é base
do individuo, onde seus valores, caráter e cultura são acentuados. O
Desenvolvimento das escolas para uma perspectiva pedagógica que respeite
as diferenças e atenda as necessidades especificas dos seus alunos no
processo educacional. É preciso construir condições favoráveis para a
inclusão e essa materialidade só acontecerá a partir de uma sólida
definição por um sistema educacional inclusivo.
O supervisor educacional e o novo perfil
Percebemos que com todas as mudanças ocorridas, o
perfil do supervisor educacional mudou. As demandas que ele deve atingir
mudaram de acordo com as novas políticas educacionais, que buscam
atingir os novos princípios da educação: de liberdade e solidariedade.
Com esse enfoque estar-se-á preparando o aluno para ser um cidadão apto
para o mundo do trabalho.
A partir da visão dos direitos humanos e do
conceito de cidadania fundamentado no reconhecimento das diferenças e na
participação dos sujeitos, decorre uma identificação dos mecanismos e
processos de hierarquização que operam na regulação e produção das
desigualdades. Essa problematização explicita os processos normativos de
distinção dos alunos em razão de características intelectuais, físicas,
culturais, sociais e linguísticas, entre outras, estruturantes do
modelo tradicional de educação escolar.
No processo de mudança existemmomentos em que a
cobrança dos alunos tem um efeito muito maior na alteração da pratica
dos professores e de logos discursos e reuniões com os mesmos, a
importância do trabalho do orientador consiste na compreenção do aluno e
o que acontece com ele na relação da escola com a sociedade, isto é preparar cidadãos conscientes que possam
libertar-se desse sistema politico e não apenas pessoas preparadas para
passar em concursos já que o diploma não é garantia de um lugar ao sol. O
supervisor educacional vira uma espécie de promotor do desenvolvimento
do aprendizado do aluno e parceiro do professor e mediador com a
comunidade escolar, deve favorecer que se estabeleça um substancioso
vínculo de relacionamento.
Portanto cabe ao supervisor educacional um cuidado especial nas relações entre toda comunidade escolar.
A supervisão e a proposta pedagógica da escola
Ultimamente muito se tem falado, refletido e discutido sobre a inclusão
escolar. Devido a falta de uma proposta pedagógica, o que ocorre nas
escolas públicas, até o momento, é a integração escolar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionais (LDB), nº 9.394/69)
prevê no artigo 12, inc. I que “os estabelecimentos de ensino
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a
incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Isso
significa que a escola tem autoridade para elaborar a sua
intencionalidade num determinado espaço e tempo. Sendo assim, no que se
refere à inclusão, a escola deve elaborar sua proposta pedagógica de
forma a atender o aluno com necessidades educativas de crescimento,
intelectual, social e humano, dando aos alunos a oportunidade de obter e
manter níveis aceitáveis de conhecimentos.
Portanto, a proposta pedagógica precisa buscar alternativas que
possibilitem preparar estas pessoas para exercer sua cidadania, bem como
“sua inserção no mercado de trabalho” (art.2º - LDBEN).
Uma escola inclusiva deve ser o protótipo da escola de qualidade esta
precisa ter elementos essenciais da inclusão como: todas as crianças
freqüentam a escola de sua vizinhança; todos os professores aceitam a
responsabilidade por todos os alunos, e a escola repensa seus valores.
A escola, a partir da sua proposta pedagógica, pode efetuar mudanças
radicais em toda a sua estrutura inclusiva seja para que a educação
inclusiva seja realmente efetiva e eficaz, o que se propõe é que se
cumpram as leis; se realize mudanças tanto no sistema quanto na escola.
A maioria das escolas ainda está longe de se tornar inclusiva. O que
existe em geral são escolas que desenvolvem projetos de inclusão
parcial, os quais não estão associados a mudanças de base nestas
instituições a atender aos alunos com deficiência em espaços escolares.
Fonte: Só Artigos
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