terça-feira, 28 de agosto de 2012

A violência nas escolas e a função do supervisor educacional

                
A violência nas escolas é uma transgressão da ordem e das regras da sociedade, é um atentado direto contra a vida, saúde, integridade física e mental ou ainda a liberdade individual legitimada por práticas transgressoras da ordem social. A partir do processo de democratização da escola, evidencia-se o paradoxo inclusão/exclusão quando os sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo indivíduos e grupos considerados fora dos padrões homogeneizados da escola. Neste contexto, compreender e caracterizar a função do supervisor educacional no processo educacional não ocorre de forma independente ou neutra. Essa função decorre do sistema social, econômico e político e está relacionada a todos dos determinantes que configuram a realidade da comunidade escolar (gestores, professores, pais e alunos) ou por eles condicionada.

A função do supervisor educacional sempre esteve atrelada ás politicas educacionais, daí a constante modificação do seu fazer. Com as demandas que surgem no dia a dia da escola. O supervisor precisa ser um articulador entre a escola e os comportamentos sociais nas suas mais diferentes mudanças. A sua prática estará diretamente ligada à dinâmica da escola, sendo o coordenador de toda organização e avaliação das atividades para a construção de uma política mais comprometida com a realidade social e seus conflitos para que o aluno possa ter um bom desempenho escolar. O desenvolvimento da sociedade moderna representa motivos de muita reflexão, principalmente pelo fato de que a área educacional possui muitos problemas e que diretamente vinculam-se as demais atividades sociais visto que são tais profissionais que irão atuar junto ao mercado de trabalho.

Existe uma preocupação com a formação humana e com a forma com que o educando vem obtendo o conhecimento científico. Acredita-se na viabilidade de fazer do ambiente escolar um espaço construtivo, que desperte o interesse do educando para aprender e fazer do professor um mediador do saber.

O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.

Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate.

A partir da visão e do entendimento de que a educação inclusiva é uma ação política, cultural, social que abrange todos os seguimentos da comunidade.
 
 
A presença da violência nas escolas
 
A Violência nas escolas pode ser caracterizada por imposição de algo realizado por um individuo ou grupo social a outro ínvido a outro grupo social. As formas de violência podem ocorrer de duas maneiras: físicas e psicológicas, se forma física é de fácil mais perceptível, a violência psicológica ocasionada por ameaças e humilhações, intimidações e desrespeito, na maioria das vezes são percebidas, contribuindo para um ambiente de segregação dentro da escola, com grupos que marcam seu território ou espaço de gerar violência. A violência nas escolas uma vez que a escola é uma instituição que tem como objetivo socializar e ré socializar para viverem e produzirem determinadas relações e é de fundamental importância à participação do supervisor educacional com um perfil totalmente voltado para mediar esse processo que afeta negativamente a escola e toda comunidade. Com tantas mudanças que ocorre na sociedade houve mudança no perfil do supervisor educacional para mediar essas relações conflituosas.

Desse modo, no que tange o comportamento agressivo e violento parte das inúmeras relações e mudanças que acontece na sociedade nos seus aspectos políticos, econômicos e familiar que é base do individuo, onde seus valores, caráter e cultura são acentuados. O Desenvolvimento das escolas para uma perspectiva pedagógica que respeite as diferenças e atenda as necessidades especificas dos seus alunos no processo educacional. É preciso construir condições favoráveis para a inclusão e essa materialidade só acontecerá a partir de uma sólida definição por um sistema educacional inclusivo.
 
 
O supervisor educacional e o novo perfil
 
Percebemos que com todas as mudanças ocorridas, o perfil do supervisor educacional mudou. As demandas que ele deve atingir mudaram de acordo com as novas políticas educacionais, que buscam atingir os novos princípios da educação: de liberdade e solidariedade. Com esse enfoque estar-se-á preparando o aluno para ser um cidadão apto para o mundo do trabalho.                             
                      
A partir da visão dos direitos humanos e do conceito de cidadania fundamentado no reconhecimento das diferenças e na participação dos sujeitos, decorre uma identificação dos mecanismos e processos de hierarquização que operam na regulação e produção das desigualdades. Essa problematização explicita os processos normativos de distinção dos alunos em razão de características intelectuais, físicas, culturais, sociais e linguísticas, entre outras, estruturantes do modelo tradicional de educação escolar.
                       
No processo de mudança existemmomentos em que a cobrança dos alunos tem um efeito muito maior na alteração da pratica dos professores e de logos discursos e reuniões com os mesmos, a importância do trabalho do orientador consiste na compreenção do aluno e o que acontece com ele na relação da escola com a sociedade, isto é preparar cidadãos conscientes que possam libertar-se desse sistema politico e não apenas pessoas preparadas para passar em concursos já que o diploma não é garantia de um lugar ao sol. O supervisor educacional vira uma espécie de promotor do desenvolvimento do aprendizado do aluno e parceiro do professor e mediador com a comunidade escolar, deve favorecer que se estabeleça um substancioso vínculo de relacionamento.
                  
Portanto cabe ao supervisor educacional um cuidado especial nas relações entre toda comunidade escolar.
 
 
A supervisão e a proposta pedagógica da escola
 
Ultimamente muito se tem falado, refletido e discutido sobre a inclusão escolar. Devido a falta de uma proposta pedagógica, o que ocorre nas escolas públicas, até o momento, é a integração escolar.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionais (LDB), nº 9.394/69) prevê no artigo 12, inc. I que “os estabelecimentos de ensino respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Isso significa que a escola tem autoridade para elaborar a sua intencionalidade num determinado espaço e tempo. Sendo assim, no que se refere à inclusão, a escola deve elaborar sua proposta pedagógica de forma a atender o aluno com necessidades educativas de crescimento, intelectual, social e humano, dando aos alunos a oportunidade de obter e manter níveis aceitáveis de conhecimentos.

Portanto, a proposta pedagógica precisa buscar alternativas que possibilitem preparar estas pessoas para exercer sua cidadania, bem como “sua inserção no mercado de trabalho” (art.2º - LDBEN).

Uma escola inclusiva deve ser o protótipo da escola de qualidade esta precisa ter elementos essenciais da inclusão como: todas as crianças freqüentam a escola de sua vizinhança; todos os professores aceitam a responsabilidade por todos os alunos, e a escola repensa seus valores.

A escola, a partir da sua proposta pedagógica, pode efetuar mudanças radicais em toda a sua estrutura inclusiva seja para que a educação inclusiva seja realmente efetiva e eficaz, o que se propõe é que se cumpram as leis; se realize mudanças tanto no sistema quanto na escola.

A maioria das escolas ainda está longe de se tornar inclusiva. O que existe em geral são escolas que desenvolvem projetos de inclusão parcial, os quais não estão associados a mudanças de base nestas instituições a atender aos alunos com deficiência em espaços escolares.

Fonte: Só Artigos

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