Colegas de classe jogaram ovos em adolescente após a aula na última sexta-feira; segundo ela, problema é constante
Por Jucimara de Pauda
foto: Joyce Cury / A Cidade
Colegas jogaram ovos em aluna, que alega ser vítima de bullying há pelo menos três anos
Uma adolescente de 13 anos alega ser vítima de bullying na escola do Sesi (Serviço Social da Indústria) da Vila Virgínia. A denúncia é da mãe da menina que registrou boletim de ocorrência no Plantão Policial no fim de semana.
Segundo a mãe, na última sexta-feira, quatro alunos perseguiram a garota, proferiram palavrões e jogaram ovos na adolescente. "Primeiro um dos meninos chamou minha filha para brincar numa praça perto da escola. Ela desconfiou e não quis, mas logo em seguida ela foi cercada por um grupo que jogou ovo nas costas dela", diz a mãe.
De acordo com o boletim de ocorrência, a adolescente, que tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), correu para casa e ligou para a mãe que estava no trabalho. "Ela estava chorando e desesperada. Na hora eu liguei para a escola e a funcionária disse que ela devia ter voltado e pedido ajuda. Mas ela não fez isto porque estava assustada."
Porém, mesmo toda suja de ovo, a menina retornou ao colégio para mostrar para os funcionários que tinha sido vítima da agressão. A secretária do colégio chegou a ligar para uma das adolescentes que teria cometido a agressão, mas ela negou o fato. "Ela disse que não tinha sido ela", conta a vítima.
A garota diz que há três anos têm sido vítima de quatro colegas de classe. Ela conta que toda vez que deixa a carteira para ir ao banheiro ou até a diretoria, tem os materiais escolares jogados no chão e o livro já foi rabiscado. "Eles fazem isto para me irritar. Sempre reclamo na diretoria e eles são chamados para conversar, mas até agora não resolveu nada."
A mãe ainda não sabe se a menina vai sair do colégio. "Está no final do ano. Não sei o que fazer."
Outro lado
O gerente regional do Sesi, Sula Ferreira, diz que a adolescente de 13 anos não é vítima de bullying. "Enfrentamos de frente este problema e no caso dela não houve bullying. Foi um ato de rua, fora da escola. A diretora está na escola há mais de 40 anos e me disse que não existe bullyng", afirma o gerente.
Segundo ele, na manhã desta segunda-feira (24), a menina apontada como a agressora foi advertida pela direção da escola devido o fato.
"A direção chamou a mãe e a aluna que seria a agressora e passou orientações. Também foi feita uma advertência por escrito", explica.
Sula acrescenta que a diretora da escola afirmou que a adolescente não é vítima de perseguição.
"Existem apenas brincadeiras entre meninos e meninas que nem sempre são aceitas por todos os adolescentes", avalia.
Fonte: Jornal A Cidade
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