sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Educação quer maior controle nos projetos realizados nas escolas


Somar para multiplicar. A partir desta máxima, a Secretaria Estadual de Educação está otimizando esforços no sentido de sistematizar as ações sociais desenvolvidas, muitas das quais em parceria com organizações não governamentais, no âmbito das escolas publicas do Rio Grande do Norte. "Estamos tentando organizar. Antes, as ações eram individualizadas, não havia um controle sobre estes projetos, a interação com as escolas e os resultados alcançados", explicou o professor João Maria Mendonça, coordenador da Equipe de Educação para a Paz e Direitos Humanos, órgão ligado a Coordenadoria de Desenvolvimento Escolar - Codese / SECD.


A escola representa um espaço nobre para a construção da cidadania. As sementes plantadas nas salas de aulas se desenvolvem, crescem e dão frutos, por isso a busca intensa de ong´s para o desenvolvimento de projetos sociais nos ambientes escolares - o elevado número de professores e de alunos e a carência desses serviços, torna o lugar propício para parcerias, o que termina colaborando para a melhoria da qualidade do ensino, num estado que configura entre os últimos lugares nas estatísticas de educação do país. Assim, torna-se uma ferramenta de mão dupla.

Além disso, as intensas mudanças sociais tornaram a escola desatualizadas para o trabalho com temas complexos, como é o caso da violência (entre os quais o abuso e a exploração sexual), miséria, meio ambiente, drogas, assistência à saúde, comunicação e outros. Isoladas, as escolas não conseguem avançar na execução e aprimoramento de políticas que colaborem na formação de sujeitos conscientes e participativos. Neste sentido, foi realizada uma primeira reunião com representantes de várias ongs e técnicos da SECD, buscando proporcionar um maior conhecimento e interação entre Governo e organizações sociais, visando uma articulação em rede e a definição de um planejamento dessas ações nas escolas.

"Esta é uma boa iniciativa da Secretaria de Educação, aliada a outras ações como a revisão do currículo, com a integração de novos conteúdos, buscando não somente a formação, mas a transformação desses sujeitos, com respeito a diversidade e estímulo à práticas de cidadania", ressaltou a socióloga Vera Dicquemare, do Centro de Empoderamento e Proteção à Infância Brasileira - CEPIB, organização que está desenvolvendo um projeto de autoproteção das crianças e adolescentes das escolas públicas contra a violência sexual. "Os próprios alunos tem que aprenderem a se defender em caso de assédio", ressaltou.

No processo de construção da rede, está previsto um novo encontro, dia 10 de novembro, a partir das 9h no auditório Angélica Moura, com representantes das Diretorias de Ensino - Dired´s, com objetivos de socializar os programas, projetos e ações da nova equipe de Educação para Paz e Direitos Humanos; apresentar os trabalhos das instituições parceiras na prevenção ao uso das drogas e violências nas escolas e planejar as ações e estratégias de trabalhos com as Dired´s. 

Fonte: Tribuna do Norte

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