Os episódios de violência, como a prisão de um aluno com uma arma, o alto índice de violência, os furtos e arrombamentos, levaram professores, pais e alunos da Escola Estadual Mota Trigueiros, no Conjunto do Santo Eduardo, a realizarem uma mobilização na manhã desta segunda-feira (31) cobrando da Secretaria de Estado da Educação mais segurança e condições de trabalho.
Recentemente, a escola teve o seu nome estampado no noticiário quando um aluno, menor de 15 anos, foi armado com um revólver 38 para a escola para se vingar de um desafeto, outro aluno, conforme foi noticiado pelo Alagoas24Horas. Segundo a professora Patrícia Barros, diretora adjunta da escola, o histórico não para por aí e os maiores penalizados são os funcionários que se tornam reféns da violência.
“A prisão do aluno com uma arma de fogo foi a gota d’água. Não podemos tapar o sol com a peneira, pois um local que seria destinado à educação está se tornando um lugar propício à violência”, desabafou Barros.
Ela destacou também que em menos de quatro meses, a escola foi arrombada mais de dez vezes, o que ocasionou a renúncia da antiga gestão. “Em apenas quatro meses à frente da gestão, a antiga diretoria teve que renunciar, pois não estava mais encontrando alternativas para driblar o histórico de violência”.
Em conversa com a reportagem do Alagoas24Horas, o ex-vice-diretor da unidade escolar, Jefferson Levino, confirmou o motivo da renúncia. “Renunciamos em detrimento dos roubos que constantemente têm na escola, não é nenhuma mentira, em apenas quatro meses, registramos mais de dez arrombamentos. Como podemos administrar uma escola deste jeito?”, disse.
Destacou também que durante a sua gestão, três porteiros pediram para ser exonerados por medo de represálias de infratores. “Quem estava fazendo o papel de vigilante da escola era eu e uma professora. Como vai ter porteiro se os meliantes chegam à escola e alguns dos casos colocam a arma na cabeça do funcionário?”, questionou Levino.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Alagoas (Sinteal), a cobrança ao Governo do Estado já foi feita e a categoria aguarda uma reunião com o secretário de Estado da Educação onde, segundo Jailton Lira, sindicalista, serão expostos os índices da violência nas escolas em específico do Mota Trigueiros.
“Os gestores já estão cientes que a violência está tomando as nossas escolas. A nossa intenção não é parar por aqui, esperamos que outras escolas, que também estão sofrendo, se manifestem e nós daremos apoio”, finalizou Levino.
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