Em 2012, foram registradas quase 600 ocorrências na grande Belém.
Técnicos e diretores de escolas da capital participaram de um encontro.
Do G1 PA
Profissionais de educação discutiram emBelém alternativa para diminuir a violência nas escolas. Em 2012, foram registrados quase 600 casos na grande Belém.
A babá Kátia Meireles diz que não fica tranquila quando a filha vai para a escola. “A gente vê na televisão esse negócio de briga de aluno, ficam se esfaqueando, se batendo, eu não sinto segurança, fico com medo, um pouco de receio”, conta a mãe.
No ano de 2012, o comando de policiamento escolar registrou 586 ocorrências nos colégios da região metropolitana de Belém. Esse número, dividido pelos 200 dias do calendário letivo, há um total de quase 3 ocorrências por dia.
Entre os principais problemas estão as brigas entre grupos rivais, agressões, roubos e ameaças. “No eixo principal que temos o maior índice de ocorrências, principalmente desses confrontos de grupos organizados é a Almirante Barroso, porque se concentram ali várias escolas. Esse é o eixo principal, que nos preocupa mais”, afirma o major Walber Queiroz, da Polícia Militar.
Debate
Mas este índice de violência não é simplesmente um caso de polícia. Na tarde da última quinta-feira (28), técnicos e diretores de 20 escolas da capital participaram de um encontro para discutir medidas que possam reverter esse quadro.
Mas este índice de violência não é simplesmente um caso de polícia. Na tarde da última quinta-feira (28), técnicos e diretores de 20 escolas da capital participaram de um encontro para discutir medidas que possam reverter esse quadro.
“Quando acontece uma situação de violência dentro da escola, o diretor não sabe às vezes como proceder. Ele tem medo por questões legais com o Eca (Estatuto da Criança e do Adolescente) que hoje está aí. As pessoas têm aquela cultura de que não pode punir o aluno, não pode fazer nada com o aluno.. Não é que você vá punir, é que você vá ter medidas sócio educativas”, esclarece Josiane Figueiredo, diretora de unidade da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Socorro Fayal é diretora do colégio Justo Chermont e explica que conseguiu diminuir as brigas entre alunos graças a projetos que aproximam a escola da comunidade. “Mutirão da limpeza, que nós fizemos em junho, agora em dezembro fizemos a gincana cultural, em que a escola arrecadou duas toneladas de alimentos em que nós ajudamos a comunidade. E isso nós tivemos parceria dos alunos, esses alunos que estavam em conflito, então nós buscamos esses alunos para nos ajudar nesse projeto”.
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