sexta-feira, 15 de março de 2013

O lugar da família quando o tema é violência escolar



Priscila Forone/Gazeta do Povo
Priscila Forone/Gazeta do Povo /
Quando buscamos as causas da violência escolar, as famílias dos alunos frequentemente aparecem como uma das principais causas de tal fenômeno. Mas até que ponto essa crença é correta?
Sem dúvida, a família é essencial no desenvolvimento de qualquer indivíduo e poderíamos dizer que ela muitas vezes é a base para a formação da nossa personalidade. No entanto, não podemos deixar de pontuar que ela não é a única influência a qual as crianças estão submetidas. Desde que nascemos recebemos inúmeros estímulos dos mais variados ambientes e é essa conjunção de impressões que vamos colhendo ao longo da vida, a partir dos lugares que passamos e das pessoas com as quais convivemos que irá determinar nosso caráter. Assim, embora a família tenha um peso bastante considerável na nossa formação, não necessariamente será a referência determinante. Podemos ter como maior referência em nossa vida um professor, uma religião ou até mesmo a família de um amigo, pois somos seres humanos multifacetados e nossa identidade se constrói através de uma série complexa de situações, como se fosse um quebra-cabeça.
Nesse quebra-cabeça cada um que passar pela vida de uma criança terá sua parcela de responsabilidade por aquilo que ela se tornará e sem sombra de dúvida, a escola pode e deve contribuir para que sua parcela de participação seja perene e determinante. Isso significa pensar que assim como as famílias, os educadores, querendo ou não, são modelos para seus alunos. Ao aprenderem por imitação, as crianças colocam o fator ambiental como causa dos seus comportamentos, fator esse que é representado pelas famílias, pela escola, pelos amigos, pela sociedade em geral.
Dessa forma, a escola pode, assim como a família, ser uma das peças importantes desse complexo quebra-cabeça que é o caráter dos seus alunos e deve aproveitar essa excelente oportunidade para fazer a diferença.

*Artigo escrito por Joyce K. Pescarolo, do 
Instituto Não-Violência

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