Brigas entre estudantes eram constantes em escola no Eusébio.
Alunos aprovaram medidas contra bullying.
Do G1 CE
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Alunas da Escola Municipal Neuza de Freitas Sá, no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza, foram flagradas brigando em diversos vídeos feitos pelos próprios estudantes. As imagens foram feitas entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, e motivaram um programa de combate e educação contra o bullying nas escolas de rede municipal da cidade.
Nas imagens, meninas trocam tapas e chutes, enquanto os outros estudantes torcem para que a pancadaria continue. São poucos os que tentam separar as brigas. As brigas aconteciam dentro e fora da escola, elas acabavam prejudicando a convivência entre os alunos, o aprendizado em sala de aula e até incitando situações de violência na comunidade.
A psicopedagoga da escola, Eronice Costa, afirma que o trabalho de combate e prevenção começou já no retorno às aulas. Agora os estudantes tem uma programação extracurricular que conta com esportes e orientação. “Começamos a orientar para não apelidar os colegas, para que mais tarde não aconteça o pior dentro da sala de aula e fora dela”, explica Eronice.
“Eles me xingavam, me sentia triste e sozinho. Fui para sala da psicologa, aí melhorou tudo”, disse o aluno de 12 anos que era alvo de frequentes maus tratos. A escola Neuza de Sá é uma das maiores do município. São 650 estudantes que cursam entre o sexto e o nono ano do ensino fundamental.
No Eusébio, o programa de combate ao bullying foi criado por lei. O assessor pedagógico da Secretaria de Educação do município, José Demontier Vasconcelos, explica que as ações são desenvolvidas em 20 escolas com a ajuda dos próprios estudantes. “São em cima de palestras. Algumas crianças são levados para assistir a essas palestras e passam a ser agentes multiplicadores”, afirmou.
Após a implementação do programa, segundo a diretora da escola, Deliane Alencar, os estudantes tem evitado brigas e procurado a coordenação quanto têm de enfrentar problemas com colegas. Os alunos aprovaram as medias. “Não tem briga, não violência, não tem essas coisas de apelido. É melhor assim”, disse o estudante de 11 anos, Denis Wendell de Lima.
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