Na noite de anteontem, a estudante
Michele Taíse Batista Dias, 25 anos, desferiu um violento golpe de faca
nas costas da “amiga”, Adoriana Saori Iguch, 24 anos. A agressão
aconteceu na porta da escola estadual Lameira Bittencourt, onde ambas
estudam. Após tentar matar a jovem, Michele Taíse, foi detida na própria
escola por professores e amigos.
A Polícia Militar foi acionada e
conduziu a estudante para a delegacia. A vítima foi socorrida pelo Corpo
de Bombeiros e encaminhada ao hospital municipal, mas devido o golpe
ter atingido o pulmão direito de Adoriane Saori, ela precisou ser
transferida para o Hospital Metropolitano em Ananindeua.
“Quando chegamos ao local encontramos a
vítima caída no chão pedindo ajuda. A autora do crime estava separada
numa sala, parecia fora de si, mas não disse os motivos que levaram a
cometer tal barbárie”, contou o comandante da 12ª ZPol, capitão Heyder
Nascimento.
Na delegacia, a equipe do DIÁRIO
conversou com a acusada. Michele Taíse, explicou com exclusividade
porque tentou matar a amiga. “Desde o ano passado ela vinha me agredindo
e ameaçando, nós brigamos algumas vezes, mas ela não parava de me
xingar, falava que eu era doida e teria tentado matar minha mãe”, contou
a acusada.
Para a Polícia Civil a tentativa de
homicídio foi motivada depois que Michele Taise foi vítima de bullying.
“A estudante sofria problemas familiares e tomava antidepressivo há
cinco anos, isso era motivo de chacota por parte das amigas.
Insatisfeita e revoltada com o comportamento das estudantes, ela
(acusada) agiu dessa forma”, disse o delegado Antônio Roberto.
Na escola Lameira Bittencourt, o clima
era de medo depois do acontecido envolvendo duas estudantes. A direção
da escola informou que só irá se pronunciar depois que a Secretaria de
Estado de Educação tomar uma posição sobre o caso. Na 8ª Unidade
Regional de Educação (URE), a diretora, Norma Moura, disse que as brigas
entre as estudantes eram de conhecimento da direção da escola, e que as
alunas seriam transferidas na próxima segunda feira, quando terminam as
provas. “A direção nos repassou o histórico das alunas e já tínhamos
conseguido vagas em outras escolas para transferi-las, infelizmente não
deu tempo”, disse a diretora.
Sobre o bullying sofrido por Michele
Taíse, a 8ª URE informou que o governo desenvolve programas para
identificar e combater esse tipo de crime. “Todos os casos são
repassados para gente, as ofensas sofridas pela estudante não chegaram
até nós. Mas a direção da escola estava resolvendo esse problema
internamente”, concluiu Norma Moura.
Fone: Diário do Pará
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