Um dos maiores problemas é a ligação dos alunos com o tráfico de drogas.
Para tentar amenizar esse quadro, foi criada uma cartilha sobre o assunto.
Fonte: G1 MT
Diretores da rede pública reclamam do aumento desenfreado da
violência nas escolas estaduais e municipais de Mato Grosso. Segundo
informações da diretoria dessas instituições, traficantes começaram a
vender drogas nos pátios das unidades de ensino, trazendo inúmeros
transtornos aos professores e alunos.
Recentemente,
um estudante de 17 anos morreu após levar um tiro na frente da Escola
Estadual Professor Fernando Leite de Campos, localizada na Avenida
Alzira Santana, no Centro de Várzea Grande, região metropolitana de
Cuiabá. Já em outra situação, uma estudante de 15 anos, que estava
grávida, foi agredida por três colegas durante o intervalo de aula na
Escola Estadual Vitória Furlani da Riva, no município de Alta Floresta, a
800 quilômetros da capital. De acordo com a Polícia Civil, a vítima
sofreu a agressão ao defender uma colega de sala que é cadeirante.
Segundo
a direção da Escola Estadual Diva Hugueney Siqueira Bastos, localizada
no bairro Jardim Aroeira, que atende 27 bairros de Cuiabá e possui 1.406
estudantes matriculados nos ensinos fundamental e médio, as
dificuldades para os professores ministrarem as aulas no período noturno
aumentaram . “Durante o período noturno alguns alunos estão
atrapalhando as aulas com vandalismo e uso de entorpecentes”, denunciou
uma professora, que não quis se identificar.
Para
o gerente de Projetos Educativos da Secretaria Estadual de Educação
(Seduc), Alan Kardec Benitez, o maior problema enfrentado nas escolas
públicas estaduais pelos profissionais da educação hoje é a violência
causada pelo envolvimento de jovens e adolescentes com o tráfico de
entorpecente. “ Os problemas mais graves encontrados na rede de ensino
público é o envolvimento de adolescentes com as drogas”, frisou Kardec.
Cartilha Paz na Escola
Diante
dos inúmeros problemas ocorridos nas escolas públicas, representante da
sociedade civil organizada, bem como os representantes do poder
público, que estão diretamente ligados com a educação, definiram um
conselho deliberativo formado pelos integrantes da rede de proteção e
atendimento a crianças, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade
social. O conselho composto por mais de 50 representantes de variados
setores da sociedade resolveram criar e editar a cartilha do Programa
Paz na Escola.
Segundo a Seduc, após o conselho
discutir os contornos finais do projeto para viabilizar a publicação, o
material deve chegar nas 736 escolas da rede estadual ainda no mês de
junho. De fácil pesquisa, a publicação trará uma lista de situações que
podem ser encontradas e quais são as medidas a serem adotadas para a
resolução de cada uma delas.
Wagner Vinícius de
Lima, conselheiro tutelar da região do Coxipó, explica que a cartilha é
um estudo minucioso da realidade nas escolas de Cuiabá. “ Foi um amplo
debate para formatarmos essa cartilha. Cerca de 50 pessoas participaram
do encontro, levando a visão de cada ente envolvido com a questão de
violência nas escolas públicas”, informou o conselheiro.
O
delegado Paulo Araújo, que é o titular da Delegacia Especializada no
Adolescente (DEA), disse que a cartilha pode levantar um debate sobre o
tema e ser uma ferramenta muito útil para os professores e a família
entenderem algumas situações complicadas nas escolas. “È muito
importante que se faça esse debate do que se passa nas escolas. Hoje, os
adolescentes estão muito apegados com bens materiais e, por conta
disso, acabam indo por caminhos da violência. A família e a comunidade
escolar, com orientação, no caso a Cartilha Paz na Escola, pode
enfrentar esse problema com mais informação”, pontuou.
Fórum
De
acordo com a Seduc, a plenária da região Centro Oeste do Fórum Nacional
dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCE) se reuniu nesta semana em
Cuiabá. Ao longo de três dias, representantes dos Conselhos dos três
Estados da região mais o Distrito Federal debateram temas como: Plano
Nacional de Educação e LDB frente aos novos desafios da Educação; A
criança no século XXI, desafios e perspectiva para a educação integral;
Política de Fortalecimento dos Conselhos Municipais e Estaduais no
acompanhamento dos Planos Decenais de Educação.
Fonte: Expresso MT
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