Vídeo feito na escola e postado no Youtube mostra estudante tomando refrigerante cuspido por colegas e sendo zoado em seguida
O chamado cyberbullying, já muito comum no Sudeste, está cada vez mais perto e real. Na manhã de ontem, uma família descobriu que um dos filhos, um garoto de 12 anos, estava sendo vítima do bullying virtual há quatro meses. Aluno de um colégio particular no bairro do Ibura, na Zona Sul, o menino foi empurrado, hostilizado e constrangido por colegas depois que bebeu, sem saber, um refrigerante onde outro estudante havia cuspido. O momento foi gravado por um celular e postado no Youtube. Na última segunda-feira, o vídeo começou a circular entre os alunos e a vítima descobriu que a brincadeira de mau gosto tinha sido ainda maior. O caso foi registrado na polícia, mas o trauma também ficou.
O chamado cyberbullying, já muito comum no Sudeste, está cada vez mais perto e real. Na manhã de ontem, uma família descobriu que um dos filhos, um garoto de 12 anos, estava sendo vítima do bullying virtual há quatro meses. Aluno de um colégio particular no bairro do Ibura, na Zona Sul, o menino foi empurrado, hostilizado e constrangido por colegas depois que bebeu, sem saber, um refrigerante onde outro estudante havia cuspido. O momento foi gravado por um celular e postado no Youtube. Na última segunda-feira, o vídeo começou a circular entre os alunos e a vítima descobriu que a brincadeira de mau gosto tinha sido ainda maior. O caso foi registrado na polícia, mas o trauma também ficou.
No vídeo, o garoto aparece sendo importunado por um grupo que, sorrindo, o empurra e desafia a tomar o refrigerante. Em seguida, eles dizem que a bebida estava cuspida e iniciam outra série de hostilizações. O menino ainda esboça uma reação com tentativas de socos, que não atingem ninguém. A mãe dele contou que a exposição nainternet foi o estopim para as brincadeiras que vem sofrendo. "Uma colega disse a ele como encontraria o vídeo. Depois disso, ele só faz chorar e dizer que quer trocar de colégio. Ele é muito ingênuo, não anda em grupinhos e acabou ficando mais vulnerável", comentou.
Ela destacou que o sofrimento do garoto provocou um transtorno na família, afetando inclusive o filho mais novo, que está preocupado e pergunta constantemente o que fizeram ao irmão dele. "Eu nunca vi meu filho tão triste. Ele não entende que isso passa, que é uma fase. Só sabe que está sofrendo", disse. O pai do menino deixou de ir trabalhar, na manhã de ontem, para registrar a queixa na Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA). "Nossa preocupação é solucionar o problema e retirar o vídeo da internet", afirmou. O delegado Albérico Pires orientou que a família tentasse um acordo com a direção da escola e os pais das crianças envolvidas. Caso não obtivesse sucesso, acionaria os pais ou mesmo a direção da unidade escolar.
Procurada pelo Diario, a diretora-administrativa da escola informou que não tinha conhecimento do vídeo nem das brincadeiras contra o menino. Ela informou que ele tem o comportamento discreto, mas nunca tinha presenciado ou ouvido queixas de agressões. Também garantiu que entraria em contato com a mãe do aluno agredido, considerada bastante presente na escola, para tentar solucionar o problema. Como maneira de prevenção ao cyberbullying, a diretora acrescentou que o colégio tem a prática de proibir a entrada de celulares nas salas. "Às vezes passa e nós apreendemos os aparelhos. Como o vídeo foi feito é sinal de que precisamos reforçar os cuidados", disse a diretora.
O procurador José Lopes Filho, coordenador do Caop Tributário e estudioso de crimes na internet, destacou que o caminho ideal é tentar um acordo com os alunos envolvidos. "Tentar conversar com os alunos é importante até mesmo por questões de educação e orientação. O bullying provoca prejuízos graves, especialmente quando se está em formação de personalidade", destacou. Se a conversa não surtir efeito, ele recomenda que os pais devem prestar queixa na polícia e encaminhar a denúncia à ouvidoria do Ministério Público de Pernambuco (3182-7000) para que a retirada do vídeo seja solicitada ao Youtube (do Google). (Ed Wanderley e Júlia Kacowicz)
Fonte: Vida Urbana
Ela destacou que o sofrimento do garoto provocou um transtorno na família, afetando inclusive o filho mais novo, que está preocupado e pergunta constantemente o que fizeram ao irmão dele. "Eu nunca vi meu filho tão triste. Ele não entende que isso passa, que é uma fase. Só sabe que está sofrendo", disse. O pai do menino deixou de ir trabalhar, na manhã de ontem, para registrar a queixa na Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA). "Nossa preocupação é solucionar o problema e retirar o vídeo da internet", afirmou. O delegado Albérico Pires orientou que a família tentasse um acordo com a direção da escola e os pais das crianças envolvidas. Caso não obtivesse sucesso, acionaria os pais ou mesmo a direção da unidade escolar.
Procurada pelo Diario, a diretora-administrativa da escola informou que não tinha conhecimento do vídeo nem das brincadeiras contra o menino. Ela informou que ele tem o comportamento discreto, mas nunca tinha presenciado ou ouvido queixas de agressões. Também garantiu que entraria em contato com a mãe do aluno agredido, considerada bastante presente na escola, para tentar solucionar o problema. Como maneira de prevenção ao cyberbullying, a diretora acrescentou que o colégio tem a prática de proibir a entrada de celulares nas salas. "Às vezes passa e nós apreendemos os aparelhos. Como o vídeo foi feito é sinal de que precisamos reforçar os cuidados", disse a diretora.
O procurador José Lopes Filho, coordenador do Caop Tributário e estudioso de crimes na internet, destacou que o caminho ideal é tentar um acordo com os alunos envolvidos. "Tentar conversar com os alunos é importante até mesmo por questões de educação e orientação. O bullying provoca prejuízos graves, especialmente quando se está em formação de personalidade", destacou. Se a conversa não surtir efeito, ele recomenda que os pais devem prestar queixa na polícia e encaminhar a denúncia à ouvidoria do Ministério Público de Pernambuco (3182-7000) para que a retirada do vídeo seja solicitada ao Youtube (do Google). (Ed Wanderley e Júlia Kacowicz)
Fonte: Vida Urbana
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