domingo, 14 de agosto de 2016

Se pode existir uma pior parte no BULLYING na escola, segue uma reflexão desnuda

Muito já foi dito e explicado sobre a prática do bullying, entretanto, vale começar a reflexão lembrando que ele é definido pela prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa. Tais atos que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully, palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português. (Fonte Cartilha do BULLYING do Ministério Público).
No Brasil, o bullying é traduzido como o ato de bulir, tocar, bater, socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes e etc. A violência é praticada por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente a vítima.
Posto isto, quando me referi a uma possível “pior parte desta ação“, visto que toda ela é prática criminosa e danosa, penso ser a falta de importância e de consequência dada ao referido ato.
A criança que sofre com a agressão sistemática no ambiente escolar, tende a buscar se defender, pedir ajuda e contar aos pais, logo que os atos começam a ocorrer, entretanto, quando ocorrem repetidas vezes e pouca importância é dada aos fatos, os mesmos vão calando-se e fechando-se, buscando descobrir razões que os faça entender que mereciam passar por isso. Podem tornar-se pessoas inseguras, medrosas, depressivas.
O agressor, aquele que agride, apelida, tira sarro, também é extremamente prejudicado pela minimização do fato, pois tende a achar que está certo, que pode fazer o que quiser e como quiser, sem, entretanto sofrer as consequências de seus atos. Se generalizarmos essa maneira de pensar para a idade adulta, teremos adultos que não seguem leis, normas e regras sociais, por não acreditarem que precisam segui-las, visto que não sabem lidar com consequências de comportamentos errados.
O acompanhamento, a supervisão, a intervenção e a orientação frequente e contínua dos pais com seus filhos é elemento fundamental no desenvolvimento de uma pessoa saudável e que conviva bem em sociedade e com os demais. O exercício da empatia (colocar-se no lugar do outro e ver como este se sente) deve ocorrer de forma contínua nos lares das crianças. Cabe aos pais a responsabilidade de criar filhos que respeitem o outro e as diferenças, que sejam desprovidos de preconceito e que convivam de forma saudável com os demais.
Cabe à escola cobrar e exigir esse posicionamento familiar, refletir com seus alunos e dar consequência aos atos ocorridos dentro do ambiente escolar, pois, uma vez que agressor sofrer a consequência de sua ação, poderá refletir e perceber se a mesma lhe trouxe bons frutos. E o agredido irá sentir-se fortalecido para não permitir que isso lhe aconteça e ter a certeza que está amparado.
Em um mundo onde cada vez mais nos deparamos com preconceitos, violência, exclusão, devemos buscar criar e educar nossas crianças para o convívio saudável em sociedade. Para o respeito integral ao próximo e às diferenças.

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