Os casos de bullying nas escolas acompanhadas pelo Instituto de Apoio à Criança têm diminuído nos últimos anos, apesar de o projeto de Apoio ao Aluno e à Família acompanhar mais escolas e mais meninos.
A coordenadora do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF), Melanie Tavares, refere que o projeto está "em mais escolas e acompanha mais meninos, mas não verifica mais casos de 'bullying'.
"Diagnosticamos os casos mais cedo, fazemos o acompanhamento e acabam por não passar de casos de violência física ou verbal para o 'bullying'" explicou à agência Lusa.
O 'bullying' pode ser definido que é uma forma de violência persistente e contínua e onde há desequilíbrio de poder entre quem agride e quem é agredido.
De acordo com o relatório do Gabinete de Apoio ao Aluno, presente em 22 escolas no último ano letivo, em 2015/2016 dos 69 casos de agressores envolvidos em 'bullying' apenas 22 ficaram por resolver no fim do ano.
No que respeita às vítimas, o GAAF acompanhou 36 situações e no fim do ano letivo ficaram por solucionar 10 casos.
O relatório destaca ainda os 229 alunos sinalizados por problemas psicológicos, embora tenha havido também uma diminuição deste problema. Quanto aos problemas psiquiátricos, dos 60 casos acompanhados quase metade ficaram por resolver.
A questão da negligência também é frisada pelos responsáveis do Instituto de Apoio à Criança, estando identificados vários tipos de negligência: de higiene, alimentação, vestuário, afetiva, de saúde ou escolar.
Aliás, os casos de negligência são os mais numerosos acompanhados pelo GAAF. Em duas mil crianças acompanhadas, houve mais de mil situações individuais de negligência, a maioria a nível escolar ou de alimentação.
Contudo, os casos de negligência, que implicam grande proximidade com outros parceiros na comunidade, conseguem ter uma redução de 50% entre o início e o final do ano letivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário