Governo divulgou dados de seis meses de 1.255 escolas estaduais.
Alguns indicadores tiveram redução, como bullying e depredações.
Do G1 RS
De acordo com dados dos indicadores do programa Comissões Internas de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipave), do governo do Rio Grande do Sul, o estado registrou em seis meses 5.625 casos de violência no entorno de escolas estaduais, uma média de 31,5 por dia. Os números, apurados em 1.255 instituições, foram divulgados nesta quinta-feira (11).
Os casos de violência física entre alunos, outro indicador levantado, apresentou 4.861 registros em seis meses, o que equivale a 27 por dia. As agressões verbais a professores e funcionários apareceram com 4.811 casos, em média 26,7 por dia.
O maior indicador é o de indisciplina em sala de aula, com resultado de 23.930 casos, ou seja, pouco mais de 132 por dia.
O governo ressalta que houve redução de seis indicadores, como 15,98% nos casos de bullying; 3,9% nos casos de agressões físicas e verbais contra direção, professores e funcionários; 3,9% nos casos de assaltos na entrada e saída da escola; 2,7% nos casos de depredação e pichação; 0,84% nos casos de uso, posse ou tráfico de drogas; e redução de 0,3% nos casos de furto e arrombamento.
Foram 1.255 instituições na pesquisa, mas o estado já conta com 1,8 mil escolas com Cipaves - grupos que envolvem alunos, pais, professores, direção dos estabelecimentos e funcionários -, sendo 457 comissões nos 19 municípios com maiores índices de criminalidade, segundo o governo. Também foram instaladas 25 salas de mediação nas 30 Coordenadorias Regionais de Educação do estado, e implantados centros regionais de gestão de conflitos e combate ao bullying.
Na avaliação de Luciane Manfro, que coordena o projeto, os resultados são positivos. "A Cipave tem muitas funções e entre elas é trazer a comunidade para a escola, fazer com que os pais participem cada vez mais. Os números podem parecer pequenos, mas para nós é muito importante reduzir esses índices de violência, casos de indisciplina e bullying", afirmou a coordenadora.
Existem três modelos de cartilhas da Cipave, com 20 mil exemplares cada. Os materiais são divididos de acordo com a faixa etária: um deles é voltado para adultos, outro para o público adolescente e um terceiro para as crianças.
Dados de seis meses
- Indisciplina na sala de aula: 23.930 casos (52,07%)
- Violência no entorno das escolas: 5.625 casos (12,24)
- Violência física entre alunos: 4.861 casos (10,58%)
- Agressões verbais a professores e funcionários: 4.811 casos (10,47%)
- Bullying: 2.631 casos (5,72%)
- Depredações e/ou pichações: 1.275 casos (2,77%)
- Assaltos na entrada ou na saída: 1.099 casos (2,39%)
- Furtos ou arrombamentos: 803 casos (1,75%)
- Acidentes no entorno: 430 casos (0,94%)
- Posse de tráfico de drogas: 294 casos (0,64%)
- Agressões físicas a professores e funcionários: 199 casos (0,43%)
- Indisciplina na sala de aula: 23.930 casos (52,07%)
- Violência no entorno das escolas: 5.625 casos (12,24)
- Violência física entre alunos: 4.861 casos (10,58%)
- Agressões verbais a professores e funcionários: 4.811 casos (10,47%)
- Bullying: 2.631 casos (5,72%)
- Depredações e/ou pichações: 1.275 casos (2,77%)
- Assaltos na entrada ou na saída: 1.099 casos (2,39%)
- Furtos ou arrombamentos: 803 casos (1,75%)
- Acidentes no entorno: 430 casos (0,94%)
- Posse de tráfico de drogas: 294 casos (0,64%)
- Agressões físicas a professores e funcionários: 199 casos (0,43%)
PMs aposentados podem ir a escolas
O secretário de Educação do Rio Grande do Sul disse em entrevista nesta quinta-feira que a situação da violência perto de escolas preocupa, e por isso garante que as autoridades trabalham no sentido de encontrar soluções mais efetivas para o problema. De acordo com Luís Antônio Alcoba de Freitas, está em debate com a Brigada Militar a possibilidade de levar policiais aposentados para atuar nas escolas com mais registros de casos de violência.
"Tivemos uma reunião depois do episódio na escola Erico Verissimo [em Porto Alegre], e identificamos que temos condições de recrutar PMs aposentados que podem retornar fardados e armados. O coronel Freitas [Alfeu Freitas, comandante-geral da BM), diz que há um cadastro de 953 policiais que têm condições de atender nossas escolas, e também fazer policiamento no entorno das escolas. Isso seria um fator positivo no sentido de melhorar a segurança pública também nas comunidades onde há maior índice de violência", destacou à Rádio Gaúcha.
Conforme o secretário, o comandante-geral da Brigada Militar já se mostrou favorável ao projeto. Mas ele prefere não dar uma previsão sobre quando essa medida poderia se concretizar. "Já existe essa lei de retorno, esses policiais recebem uma gratificação", completou.
A SSP emitiu uma nota oficial após a divulgação dos dados, afirmando que "o patrulhamento em regiões de maior vulnerabilidade social será intensificado através do aporte de horas extras da segunda fase do Plano Estadual de Segurança Pública." Leia a nota na íntegra:
"A SSP destaca que 40% das atividades das CIPAVEs são executadas por órgãos da Segurança Pública, de acordo com a representante da Seduc no Gabinete de Gestão Integrada Estadual (GGI-E). O patrulhamento em regiões de maior vulnerabilidade social será intensificado através do aporte de horas extras da segunda fase do Plano Estadual de Segurança Pública. BM e Seduc já estão em tratativas para utilização de PMs da reserva (CVMI) no patrulhamento no entorno das escolas. Outros convênios também estão sendo avaliados por ambas as pastas."
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