segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Seed e SSP lançam campanha contra o “bullying”

projeto “Cidadania e Paz nas Escolas”, desenvolvido conjuntamente pelas secretarias de Educação (Seed) e Segurança Pública (SSP) entram agora em uma nova etapa, cujo objetivo é enfrentar um problema crescente e grave que envolve principalmente os estudantes: o “bullying”, prática na qual pessoas ou grupos humilham outros por meio de gestos e atitudes constantes e repetitivas. Nesta quinta-feira, a coordenação do programa realizou uma série de atividades no Colégio Estadual Paulo Sarazarte, em São Cristóvão, incluindo uma palestra informativa sobre o assunto.

Na oportunidade, serão distribuídos questionários a serem respondidos por estudantes em todas as escolas da rede estadual de ensino. Segundo a coordenadora executiva do programa, professora Djanira Montalvão, o objetivo é fazer um mapeamento completo de como o “bulliying” acontece em Sergipe. “Não tivemos ainda um diagnóstico específico sobre o problema e o que nós temos até agra são casos isolados. Queremos saber dos alunos como acontecem esses casos, onde ocorrem, que tipo de bullyng é praticado... Este diagnóstico é importante para que saibamos melhor como enfrentar o problema, disse Djanira.

Paralelo a isso, as escolas já receberão atividades voltadas à orientação, informação e prevenção, que buscam junto aos estudantes valorizar a auto-estima e evitar situações de agressão e humilhação. A principal delas é dialogar sobre as causas e conseqüências desta prática. É a partir da discussão que podemos conhecer possibilidades de traçar estratégias voltadas para a disseminação de um ambiente saudável, tolerante, harmonioso e prazeroso nas comunidades escolares, justifica Josefa Mesquita, técnica do “Cidadania e Paz nas Escolas”. Os professores e pais dos alunos também serão orientados sobre como lidar com o problema.

A estratégia de combate também chegará à Internet. No período de 3 de novembro a 2 dezembro deste ano, o projeto da Seed e da SSP promoverão o IX Fórum off Line com o tema: Bullying não é brincadeira. Na oportunidade, professores e alunos poderão discutir, trocar informações e sugerir mecanismos para evitar a proliferação dessa prática nas escolas através de um fórum de discussão a ser acessado no site: http://www.ssp.se.gov.br/cidadania/.

A escolha do tema se deve a resultados de pesquisas crescentes que apontam que brincadeiras aparentemente inofensivas podem traumatizar. O bullying tem um efeito trágico, traz sérios danos emocionais, psíquicos e sociais por toda a vida dos envolvidos., explica a coordenadora, que aponta uma série de atitudes que podem ser caracterizadas como “bullying”. “É comum as atitudes de rejeição de uma pessoa em relação a outra, na qual ela é excluída do grupo social, isolada. Em outros casos, o aluno é intimidado, humilhado com algumas brincadeiras, são xingados, recebem apelidos e até são agredidos fisicamente”, explica.

Djanira acrescenta que o preconceito de um estudante em relação a outro é a principal causa de buylling. “O mais grave e comum é o preconceito racial, relacionado à cor da pele, e principalmente o de gênero, que diz respeito à opção sexual do indivíduo”, afirma. O projeto já desenvolve algumas atividades de combate ao “bullying” em escolas da capital e do interior, onde segundo a professora, “a diminuição destes casos é significativa e cada vez mais alunos estão dando seus depoimentos, ajudando a outros a enfrentar o problema e conscientizando a todos sobre o respeito ao próximo”, ressalta ela.

Para saber mais sobre o bullying e como combater essa prática nas escolas, o Conselho Nacional de Justiça disponibiliza uma cartilha para download: http://www.cnj.jus.br/images/Justica_nas_escolas/cartilha_web.pdf.

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