sábado, 2 de outubro de 2010

Bullying causa traumas irreparáveis nos jovens

rodrigo/Ag. Assmann
Ana: problema é sério nas escolas

O bullying pode causar traumas irreparáveis em crianças e adolescentes e precisa receber atenção de pais e professores. Na última segunda-feira, por iniciativa do vereador Nasário Bohnen (DEM), a Câmara de Santa Cruz do Sul abriu espaço para palestra sobre o tema.

“Bullying” é uma palavra inglesa e significa “amedrontar”. Nos últimos anos, o problema tem se alastrado, principalmente nas escolas. Conforme a professora e orientadora educacional Ana Patrícia Camargo, as crianças e adolescentes que são vítimas podem sofrer traumas irreparáveis, que irão comprometer sua saúde física e mental e seu desenvolvimento socioeducacional. “Muitas vão criar rejeição à escola, que será vista como um ambiente negativo, onde não irão sentir-se à vontade.”

Existem registros de casos de bullying entre crianças de três anos, nas escolinhas. Por isso, ela alerta sobre a importância de os pais e professores ficarem atentos, frisando ser imprescindível que a escola e a família se engajem no controle dessa situação. Criança que muda o seu comportamento, que tem medo de ir à escola, que se torna arredia, que se isola dos demais colegas, que tem dificuldades para se concentrar em sala de aula, pode estar sendo vítima e precisa de apoio.

Ana explica que a vítima do bullying pode se transformar em agressor e, no futuro, reproduzir com outros aquilo que sofreu, criando um círculo vicioso que precisa ser interrompido. Por isso, vítima e agressor devem ter atendimento. Destaca que, muitas vezes, quando se conversa com o agressor, este alega que estava brincando. No entanto, ele não tem condições de avaliar o que essa “brincadeira” está ocasionando no íntimo do outro.



CRIME


Ana Patrícia lembra que o bullying é crime e que os pais dos agressores podem responder juridicamente pelos atos cometidos por seus filhos. Existem diversas condenações para o pagamento de indenizações em decorrência dessas agressões. “A fronteira entre a brincadeira e o dano moral é tênue. Por isso, é importante que as famílias e as escolas acompanhem de perto essa questão.”

Conforme a educadora, o bullying pode se manifestar com agressões físicas e morais, intimidações, exclusão do grupo, chacotas, colocação de apelidos preconceituosos, difamações (inclusive pela internet) e outras. Isso pode provocar insegurança, medo, depressão, uso de drogas, suicídio, reações de violência contra o agressor ou o grupo, entre outras. Ainda adverte que os pais devem dar exemplos positivos aos filhos, pois, geralmente, o agressor reflete atitudes que aprendeu com adultos.

Fonte: Gazeta do Sul

Nenhum comentário:

Postar um comentário