Telmo Kiguel
O III Encontro do Projeto Discriminação da Associação Brasileira de Psiquiatria ocorre durante o 28º Congresso Brasileiro de Psiquiatria em Fortaleza, Ceará, no final do mês de outubro. No evento serão abordadas duas discriminações: o bullying e a violência familiar e doméstica como consequência da discriminação contra a mulher, o machismo. Essas discriminações têm, pelo menos, uma característica em comum: discriminador e discriminado convivem, ou circunstancialmente ou necessariamente ou obrigatoriamente, no mesmo ambiente na vigência da conduta discriminatória. Exatamente essas características servirão para entender melhor um dos objetivos do Projeto Discriminação. A participação de operadores do Direito, dois juízes, permitirá um melhor entendimento das diferenças entre Psiquiatria e Direito na questão da apropriação da conduta discriminatória. A apropriação da conduta discriminatória pelo Direito determinou que ela fosse considerada crime em muitas ocorrências.
A Psiquiatria, diferentemente do Direito, ainda não encontrou uma denominação compatível para essa conduta que causa tanto sofrimento mental para as pessoas que pertencem aos grupos discriminados. Sabemos que nas pessoas ou grupos, vítimas de discriminações ocorre, no mínimo, um sofrimento emocional e que pode chegar ao suicídio. Com a compreensão de que a origem do processo discriminatório é basicamente emocional e com uma apropriação pela Psiquiatria compatível com a que ocorreu com o Direito talvez a sociedade passe a ter mais um fator de inibição para essa conduta tão nociva, enfrentá-la melhor e diminuir seus efeitos nocivos.
Coordenador do Departamento de Psicoterapia da ABP e do Projeto Discriminação da ABP
Fonte: Jornal do Comércio
A Psiquiatria, diferentemente do Direito, ainda não encontrou uma denominação compatível para essa conduta que causa tanto sofrimento mental para as pessoas que pertencem aos grupos discriminados. Sabemos que nas pessoas ou grupos, vítimas de discriminações ocorre, no mínimo, um sofrimento emocional e que pode chegar ao suicídio. Com a compreensão de que a origem do processo discriminatório é basicamente emocional e com uma apropriação pela Psiquiatria compatível com a que ocorreu com o Direito talvez a sociedade passe a ter mais um fator de inibição para essa conduta tão nociva, enfrentá-la melhor e diminuir seus efeitos nocivos.
Coordenador do Departamento de Psicoterapia da ABP e do Projeto Discriminação da ABP
Fonte: Jornal do Comércio
Nenhum comentário:
Postar um comentário