A instituição lançará cartilhas que tratam sobre os direitos e deveres fundamentais dos cidadãos. Essas cartilhas serão distribuídas com o objetivo de promover conhecimento e o acesso à justiça, o que visa a integração da faculdade com a sociedade.
POR LUCAS CARNIEL
POR LUCAS CARNIEL
Madruga e professora Roseli durante palestra
Foto: Lucas Carniel/ Aqui Sudoeste
Foto: Lucas Carniel/ Aqui Sudoeste
Francisco Beltrão - A Faculdade de Direito de Francisco Beltrão, mantida pelo Centro Sulamericano de Ensino Superior (Cesul), preocupada em estender o seu papel social para a comunidade regional, produziu quatro cartilhas que tratam sobre os direitos fundamentais dos cidadãos. Nelas, os assuntos tratados são: meio ambiente, direitos da mulher, direitos da criança e do adolescente e direito dos idosos. De maneira bastante resumida e de fácil entendimento, o leitor conhece quais são os seus principais direitos e deveres e como reivindicá-los. Já confeccionadas, as cartilhas deverão ser distribuídas em escolas da região nos próximos dias. Além da distribuição, professores e acadêmicos farão palestras nestas escolas sobre os assuntos tratados nos livretos.
Um dos assuntos abordados nas cartilhas, dentro do tema Direitos das Crianças e dos Adolescentes, é o bullying (termo inglês para descrever atos de violência física ou psicológica), bastante acometido em escolas do mundo todo e que pode trazer sérias consequências às vítimas. Com o objetivo de saber mais das origens, causas e consequências do ato violento, dentro da disciplina de Criminologia e Psicologia Forense, os acadêmicos dos 2º período da faculdade assistiram palestra do vereador Jocemar Madruga, autor da lei municipal anti-bullying. A palestra aconteceu na manhã e na noite de terça-feira (5). Além de falar sobre a violência nas escolas, Madruga ressaltou o que o motivou a criar a lei. “O que mais me motivou a escrever um projeto de lei anti-bullying foi quando um grupo de mães, que tinham filhos que sofriam bullying na escola, me procurou e mostrou o quanto precisaríamos de uma lei que tratasse do assunto”, lembrou o vereador.
Segundo ele, a lei, que foi sancionada neste ano, não tem o papel de punir quem comete bulliyng, mas sim aconselhar quem o provoca e auxiliar as vítimas e, se possível, evitar que ele aconteça no ambiente escolar. “Não temos o intuito de prescrever a punição, mas o esclarecimento”, destacou.
INSERÇÃO SOCIAL
A diretora da faculdade e professora da disciplina de Criminologia, Roseli Michaloski Alves, enfatizou que o projeto das cartilhas e das palestras faz parte da inserção social da instituição. “Nossa instituição de ensino tem o papel preponderante de promover a inserção social, e, desta maneira, contribuir para reduzir as desigualdades sociais”, disse. “Através destas cartilhas e palestras, temos o objetivo de promover o respeito à dignidade humana”, falou.
De acordo com a diretora, o bullying tem relação com três áreas jurídicas: Direito Constitucional, Direito Civil e Direito Penal. “O acadêmico tem de conhecer esses instrumentos para inibir o bullying no município”, frisou.
A palestra do vereador Madruga serviu para que os estudantes soubessem mais sobre o assunto e o do ponto de vista do relator do projeto que virou lei neste ano. “De modo bem diferente de outras regiões, nosso município já possui uma lei contra o bullying, que é a 3.721/10 que, ao contrário das outras não visa a punição, mas a conscientização”, explicou a diretora.
Embasados pela palestra do vereador e pela cartilha, acadêmicos e professores farão palestras nas salas de aula de escolas da região. “Nesta ação de responsabilidade social vamos explicar o que é o bullying, quais as suas espécies e quais medidas tomar para combatê-lo”, revelou.
Fonte: Aqui Sudoeste
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