Mais de cem deputados em ponto pequeno oriundos de todo o país distribuíram-se hoje pelas comissões parlamentares para discutir projectos de combate à violência escolar, que visaram sempre a máxima eficiência mas com o mínimo de custos.
No primeiro dos dois dias que dura a iniciativa Parlamento dos Jovens, 130 alunos do ensino básico estiveram divididos por quatro comissões parlamentares para debater, na generalidade e na especialidade, projectos contra a violência em meio escolar.
Os projectos de recomendação foram por eles elaborados e foram previamente aprovados nos diversos círculos eleitorais de onde vinham. Nas comissões foram apresentados e debatidos sob orientação de deputados da Assembleia da República em representação dos grupos parlamentares.
A tónica dominante foi «a contenção de custos», um sinal de preocupação dos jovens com a situação de crise económica que vive o país, como disse Francisco Oliveira, do círculo eleitoral de Évora.
Para este jovem de 14 anos, a experiência de participar na vida activa do parlamento como um deputado estava a ser «excepcional» e até «stressante», embora ele não admita que os deputados «de verdade» se possam sentir da mesma forma, já que esse é o «dia a dia deles e é essa a sua função».
Seguramente, a experiência veio juntar às «várias hipóteses» que tem em aberto para o seu futuro a possibilidade de seguir a carreira política.
A mesma vontade não sente Daniela, uma jovem oriunda do círculo de Castelo Branco, que, apesar de considerar muito enriquecedora a participação no Parlamento dos Jovens, não equaciona um futuro que passe pela política.
Ao contrário de Francisco, que vive a sua primeira experiência parlamentar, Daniela já vai no terceiro ano de participação na iniciativa, embora esta tenha sido a sua estreia na sessão nacional, em São Bento.
Essencialmente, a jovem quer ver aprovadas medidas efectivas de combate à violência escolar que tenham partido do trabalho dos alunos e quer, sobretudo, que «o país perceba» que os jovens «têm as cabeças viradas para o futuro».
Em termos de debate, foi apontada a necessidade de psicólogos nas escolas, de acções de formação de elementos da comunidade educativa, a criação de equipas multidisciplinares, de uma linha telefónica de apoio e acções de sensibilização e prevenção.
Fonte: Lusa/SOL
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