Com baixa adesão dos munícipes, uma audiência pública debateu o combate ao bullying na última quarta-feira, 27, na Câmara Municipal de Mogi Mirim. O encontro foi convocado pelo vereador Cinoê Duzo (PPS), defensor de um projeto de lei que dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar no cronograma pedagógico das escolas públicas e particulares de educação básica. O mesmo tema já havia sido proposto pela vereadora Maria Alice Fernandes Mostardinha (PMDB), o que levou à retirada da proposta por Cinôe nesta semana.
Cerca de 20 pessoas estiveram presentes na audiência, com destaque para a participação de funcionários do Departamento de Educação, incluindo o diretor da pasta, César Doro, e representantes da segurança pública, como o Major Getúlio Aparecido de Macedo, chefe do Departamento de Segurança, e a delegada da delegada de polícia titular do município, Dra. Nagya Cássia de Andrade. O presidente da Câmara, Luís Roberto Tavares (PSDB), o Robertinho, também prestigiou a iniciativa.
A proposta de Cinoê é que o tema seja inserido na programação de todas as disciplinas do currículo escolar. Para o diretor do Departamento de Educação, Cesar Doro, representantes do ensino municipal devem se envolver na discussão a fim de combater o problema. “Essa reflexão deve ultrapassar os muros da escola, é preciso pensar que esse tipo de agressão ocorre em outras esferas da sociedade”, disse.
Segundo Cinoê, ele visitou escolas da cidade apresentando o projeto e convidando representantes para a audiência. O tema ficou destacado devido ao episódio de violência ocorrido no Rio de Janeiro, no início de abril, que resultou na morte de 12 crianças em uma escola de Realengo. As informações são de que o assassino teria sofrido agressões e brincadeiras na época escolar. “Não podemos deixar esse tipo de situação cair no esquecimento, a agressão moral e física não deve ser rotina nas escolas”, afirmou Cinoê à reportagem.
SEGURANÇA
O papel da segurança municipal no combate ao bullying foi lembrado pelo Major Macedo, que citou a Ronda Escolar feita por guardas municipais na saída das escolas. Cinoê destacou que a medida coíbe as agressões, mas que o problema está concentrado “do portão para dentro”.
Para a delegada Nagya, o combate às consequências do bullying é apenas um paliativo. “É preciso combater as causas, já que o agressor geralmente é vítima de situações parecidas vividas em casa ou na sociedade”.
Considera-se bullying as agressões físicas ou morais realizadas por um grupo contra um único indivíduo, em geral no ambiente escolar.
Fonte: A Comarca, por Angela Silva
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