domingo, 1 de maio de 2011

Bullying é assunto sério e deve ser discutido, afirma psicólogo

Bullying é uma situação caracterizada por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

“Algumas pessoas afirmam que o bullying é frescura, mas não é, é algo muito sério. É uma prática onde um indivíduo traumatiza o outro, a fim de que dificulte sua inter-relação pessoal. Se uma criança sofre de obesidade, por exemplo, o outro indivíduo começa a ficar insistindo que ele é gordo, prejudica o rendimento, e é natural que este comece a querer deixar de ir à escola, por isso, muitos se revoltam e se revoltam de uma maneira muito explosiva, assim como fez o assassino Wellington da escola do Rio de Janeiro, que eles encontram como uma forma de expressar tudo aquilo que foi reprimido durante esse tempo. Por isso hoje em dia se fala muito em bullying”, afirmou o psicólogo Gustavo Messineti

Segundo o psicólogo o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa. Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

Agressor
O psicólogo afirma também que o agressor só começa a agredir uma vítima, porque este passa por algum problema de descompensação. “A questão de auto-afirmação é usada para atacar outra pessoa vitimizada, o agressor precisa se impor, com a intenção de mostrar que manda no espaço que ele está. Geralmente, esses agressores possuem dificuldades de problemas em casa, como famílias desestabilizadas, problemas com drogas, que a própria escola, muitas vezes não tem conhecimento. Dessa forma, o agressor sofre de descompensações em suas relações sociais”, afirmou Messineti. Ele explica também que as mães devem sempre conversar com os filhos sobre problemas que acontecem nas escolas, já que muitas vezes não têm condições de acompanhar.

Fonte: Jornal de barretos

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