Nunca esteve tão em evidencia o assunto da pressão física e psicológica sobre estudantes, o caso de Realengo apenas o intensificou. Mas será que uma espécie de bullying pode acontecer em uma organização? Infelizmente, a resposta é sim. De uma forma um pouco diferente, a pressão e, muitas vezes, o assédio moral ainda fazem parte do cenário organizacional.
Falar alto, gritar, ironizar e até xingar publicamente os liderados pode ser um sinal claro de que a pressão normal do cotidiano esteja sendo extrapolada. O número de casos de assédio moral vem crescendo ano a ano, um sinal claro de que alguns líderes exageram e têm sérios problemas de relacionamento.
A pressão cada vez maior e a falta de preparo dos líderes em termos de inteligência emocional tem causado problemas.
Elenice* – uma supervisora de vendas de 35 anos e com grande experiência em sua área chegou ao limite do estresse. Desenvolveu uma forte depressão simplesmente porque seu chefe resolveu utilizar uma técnica diferente para melhorar seus resultados. Suas metas eram acompanhadas de perto. Ora isso não tem nada de errado, afinal é um dos papéis do gestor, especialmente na área de vendas. O ponto é a forma como isto era feito. Nas reuniões de resultados, quando algo não ia bem lá estava o gestor gritando e deixando claro que Elenice havia se esforçado pouco e sua incompetência deveria ficar aparente. Naquela semana Elenice deveria manter em sua mesa um “burrinho” de pelúcia, ícone dos maus resultados. Ela já sabia que teria que suportar as piadas dos colegas e as perguntas dos estranhos ao seu setor sobre o famoso símbolo. Em pouco tempo Elenice estava em licença médica.
Este é apenas um exemplo, existem outras histórias incríveis como a de uma chefe, que em momento de irritação, apenas atirou o telefone na cabeça de um de seus colaboradores. Sorte que o aparelho não atingiu o seu alvo. Isto é bullying puro!
*Elenice é um nome fictício.
Fonte: Exame.com por Renato Ricci
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