terça-feira, 3 de maio de 2011

É preciso saber ouvir as vítimas

Psicóloga alerta em conferência sobre bullying nas escolas

Há ainda a tendência de um professor responder ao aluno que se diz ter sido vítima de bullying (intimidação física ou psicológica de forma continuada sobre pessoa mais fraca ou vulnerável ) na escola, que «não quer queixinhas e que a criança ou adolescente deve esquecer o que aconteceu». Quem o diz é a psicóloga Vânia Macedo, a qual foi ontem, oradora, na escola básica e secundária Gonçalves Zarco (Barreiros), numa iniciativa promovida em parceria com o Centro de Segurança Social da Madeira, Centro Comunitário de São Martinho e com a delegação da Região da Fundação da Juventude.

Na iniciativa, denominado “Bully don`t do it!”, a psicóloga considerou que não há mais agressividade nos jovens de hoje do que em relação às gerações anteriores.
O que acontece é que, antes, os termos usados eram outros e a sensibilidade da comunidade docente e não docente era também outra.

Actualmente, «toda a gente está mais preocupada com a situação, embora ache que os professores deveriam ainda dar mais atenção aos alunos que dizem que foram agredidos», sublinhou em declarações aos jornalistas momentos antes de participar naquela iniciativa organizada por um grupo de alunos do secundário.
Vânia Macedo sublinhou ainda o facto de haver mais acesso a informação, a qual, nem sempre é a melhor. «Os jogos são muito agressivos. Os miúdos trazem para a escola, aquilo que vêem nos jogos de casa», denuncia.

Carla Ribeiro

Fonte: Jornal da Madeira (Portugal)

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