Proposta de levar ao Legislativo estudantes da cidade para se inteirarem do funcionamento da Casa de Leis e do trabalho desenvolvido pelos 16 representantes eleitos pela população.
Escola Francisco Mariano participou do projeto que leva estudantes para conhecerem o funcionamento do Legislativo Municipal
Hoje teve aula extraclasse.
Um grupo de 77 alunos da Escola Estadual Francisco Mariano da Costa, do Jardim Novo Horizonte, esteve na Câmara Municipal terça-feira, dia 3, no programa Conheça o Legislativo. A visita ocorreu a convite do vereador João Manoel dos Santos (PTB), autor da proposta de levar ao Legislativo estudantes da cidade para se inteirarem do funcionamento da Casa de Leis e do trabalho desenvolvido pelos 16 representantes eleitos pela população.
“Hoje vocês vão ter uma aula extraclasse”, disse João Manoel. “Gostaria que, após esse contato, vocês mudassem um pouco a maneira como veem certas questões”, disse o presidente da Câmara, citando, como exemplo, a confusão que algumas pessoas fazem entre o Legislativo e Executivo.
Hoje teve aula de matemática.
Ao longo de três horas, 41 meninas e 36 garotos acompanharam três palestras. Ao falar da evolução de Piracicaba, o historiador Fábio Bragança passou a fórmula que os estudantes deveriam levar como lição. "Gostaria que vocês multiplicassem o que viram aqui.”
Já o advogado Bruno de Oliveira, do Departamento Jurídico, ensinou sobre divisão dos poderes republicanos em Legislativo, Executivo e Judiciário. E Sandro Silveira mostrou o valor quando vereadores e prefeito trabalham em harmonia. “A Câmara reúne representantes do povo eleitos para discutir as ações governamentais. O prefeito depende das autorizações dadas pela Câmara”, disse.
Hoje teve aula de português.
Fábio explicou que as Câmaras tiveram origem em Portugal, na Idade Média, com a criação do chamado “concelho”, grafado com “c” mesmo. O nome vem do latim “concílio” e significa reunir pessoas para discutir algo – no caso, os problemas das comunidades, como a distribuição de água e a abertura de ruas.
O sentido das palavras, aliás, também foi abordado por Bruno de Oliveira ao explicar como uma mesma lei pode ser interpretada de modo diferente com o passar do tempo. Ele apontou como exemplo dizeres de uma placa que proíbe o uso de biquíni na praia. Há um século, o aviso faria alusão à permissão apenas do uso de maiô. Hoje, indicaria que se trata de ambiente frequentado por naturistas.
Hoje teve aula de atualidades.
Ao final das palestras de Fábio, Bruno e Sandro, 16 dos 77 estudantes fizeram o papel dos vereadores na discussão de um projeto de lei fictício, que dispunha sobre a proibição da prática do bullying em escolas da rede municipal de ensino. Os alunos Natanael, Érica, Sara, Amanda, Larissa e Cananda foram à tribuna discutir a proposta, que, ao final, foi aprovada, com três votos contrários.
João Manoel fez um alerta para os que acreditam que o projeto é equivocado por querer criminalizar uma “brincadeira”. “Não vamos caminhar por aí. Existem brincadeiras que saem caro, que trazem consequências. O bullying é uma brincadeira de mau gosto”, disse o vereador.
O presidente da Câmara ainda chamou a atenção para aqueles que se comportam como “analfabetos políticos”. “A pessoa que diz não querer se envolver com política acaba sendo governada pelos que se envolvem", declarou João Manoel, que, ao final da visita, entregou à professora de História, Sandra Maria Vacchi, seis volumes com a consolidação das leis vigentes em Piracicaba. Além de Sandra, os professores de Língua Portuguesa Amaro Oliveira e Elizabeth Lopes também acompanharam o grupo.
Hoje teve aula de cidadania. Nota 10 para essa turma. (Ricardo Vasques, assessoria de imprensa da Câmara Municipal)
Fonte: A Tribuna de Piracicaba
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