Um vídeo virou sucesso na web: a vingança do menino que sofria abusos na escola. Segundo o IBGE, no Brasíl também ha casos de bullying.
Da Redação do G1
Um vídeo que mostra uma briga de colégio na Austrália ganhou o mundo pela internet e levantou a discussão no Brasil. É mais um caso de bullying, um ato de violência entre crianças. Mas, nesse episódio, a vítima reagiu e, por isso, o vídeo provocou uma enorme discussão.
Pais, alunos, educadores debatem: reagir é a solução? No Brasil, o bullying, que é a agressão física ou moral que jovens praticam contra outros jovens, também é um problema sério. Segundo uma pesquisa do IBGE, 30% dos estudantes já foram vítimas dessas agressões.
As imagens são inacreditáveis: um menino pequeno bate várias vezes em outro, muito maior do que ele, até que os papéis se invertem. Depois de anos de intimidação, Casey Heynes, de 15 anos, reage. Em uma entrevista à TV australiana, ele disse que sofre bullying desde os 8 anos de idade e que, um ano atrás, chegou a pensar em suicídio.
Infelizmente no Brasil também ha casos de bullying, com até 31% dos adolescentes, segundo levantamento do IBGE. Os estudantes contaram aos pesquisadores que, em 30 dias, passaram por agressões que os deixaram incomodados, intimidados e magoados.
Nathan foi xingado e perseguido. Apanhou várias vezes. “Por causa que eu era muito quieto na sala”, conta. A mãe, Cristiane Ferreira da Silva, demorou a perceber o que acontecia. “Às vezes ele acordava gritando ou chorando com esses sintomas, como dor de barriga, no horário de ir para a escola e mão dele estava fria, suando”, conta a mãe de Nathan.
Cristiane Ferreira da Silva buscou a escola municipal, que se recusou a ajudá-la. “Eu acho que é matar o ser humano. É agressividade que leva a pessoa à depressão e à síndrome do pânico. É muito grave”, opina.
Cristiane e o marido criaram uma ONG para orientar famílias com a mesma dificuldade. Moisés Ferreira da Silva, pai de Nathan, percebeu que muitas vezes o problema pode começar dentro de casa.
“A criança que está ao lado está captando tudo e deixa marcas e muitas vezes vem soltar dentro de um estabelecimento de ensino, reagindo e agredindo. E muitas vezes aquele que está mais quieto, porque o mais quieto não vai reagir”, comenta o pai de Nathan.
A criança ou o adolescente que pratica o bullying quer se impor, mostrar que é mais forte e poderoso e que tem ascendência sobre o outro. A psicopedagoga Neide Saisi diz que tanto a vítima quanto o agressor devem ser ajudados.
“Tem de educar os dois lados e mostrar que, para se viver em sociedade, é preciso conceder e é preciso viver dento das regras morais. Portanto, dentro da ética. É preciso ajudar a criança e o adolescente a entender o que ocorreu naquele momento, e ele se colocar no lugar do outro”, orienta a educadora Neide Saisi.
“Esses conflitos sociais que existem na escola teriam de ser sempre monitorados e discutidos numa forma de mediação entre as partes”, defende a psicóloga Vera Zimmermann.
Um ano depois do conflito, Nathan leva outra vida. Mudou de escola. Sem nenhuma modéstia, ele se gaba que os mais de 30 alunos da sala são todos amigos dele. “Me sinto bem melhor”, conta.
Na entrevista à TV australiana, o repórter pergunta a Casey se ele é um super-herói, como milhões de pessoas no mundo inteiro parecem acreditar. Ele responde, com um sorriso tímido: “Não, não mesmo. Bem que eu gostaria de ser”.
O garoto que foi arremessado alo chão por Casey é Richard Gale, de 12 anos. Apesar da violência com que bateu no chão, ele só teve arranhões no joelho. A mãe de Richard disse que vai obrigar o filho a pedir desculpas. Os dois garotos foram suspensos na escola onde aconteceu a briga.
Em todas essas histórias, fica claro que o interesse e a intervenção da escola, onde acontece a imensa maioria dos casos de bullying, é fundamental.
Um vídeo que mostra uma briga de colégio na Austrália ganhou o mundo pela internet e levantou a discussão no Brasil. É mais um caso de bullying, um ato de violência entre crianças. Mas, nesse episódio, a vítima reagiu e, por isso, o vídeo provocou uma enorme discussão.
Pais, alunos, educadores debatem: reagir é a solução? No Brasil, o bullying, que é a agressão física ou moral que jovens praticam contra outros jovens, também é um problema sério. Segundo uma pesquisa do IBGE, 30% dos estudantes já foram vítimas dessas agressões.
As imagens são inacreditáveis: um menino pequeno bate várias vezes em outro, muito maior do que ele, até que os papéis se invertem. Depois de anos de intimidação, Casey Heynes, de 15 anos, reage. Em uma entrevista à TV australiana, ele disse que sofre bullying desde os 8 anos de idade e que, um ano atrás, chegou a pensar em suicídio.
Infelizmente no Brasil também ha casos de bullying, com até 31% dos adolescentes, segundo levantamento do IBGE. Os estudantes contaram aos pesquisadores que, em 30 dias, passaram por agressões que os deixaram incomodados, intimidados e magoados.
Nathan foi xingado e perseguido. Apanhou várias vezes. “Por causa que eu era muito quieto na sala”, conta. A mãe, Cristiane Ferreira da Silva, demorou a perceber o que acontecia. “Às vezes ele acordava gritando ou chorando com esses sintomas, como dor de barriga, no horário de ir para a escola e mão dele estava fria, suando”, conta a mãe de Nathan.
Cristiane Ferreira da Silva buscou a escola municipal, que se recusou a ajudá-la. “Eu acho que é matar o ser humano. É agressividade que leva a pessoa à depressão e à síndrome do pânico. É muito grave”, opina.
Cristiane e o marido criaram uma ONG para orientar famílias com a mesma dificuldade. Moisés Ferreira da Silva, pai de Nathan, percebeu que muitas vezes o problema pode começar dentro de casa.
“A criança que está ao lado está captando tudo e deixa marcas e muitas vezes vem soltar dentro de um estabelecimento de ensino, reagindo e agredindo. E muitas vezes aquele que está mais quieto, porque o mais quieto não vai reagir”, comenta o pai de Nathan.
A criança ou o adolescente que pratica o bullying quer se impor, mostrar que é mais forte e poderoso e que tem ascendência sobre o outro. A psicopedagoga Neide Saisi diz que tanto a vítima quanto o agressor devem ser ajudados.
“Tem de educar os dois lados e mostrar que, para se viver em sociedade, é preciso conceder e é preciso viver dento das regras morais. Portanto, dentro da ética. É preciso ajudar a criança e o adolescente a entender o que ocorreu naquele momento, e ele se colocar no lugar do outro”, orienta a educadora Neide Saisi.
“Esses conflitos sociais que existem na escola teriam de ser sempre monitorados e discutidos numa forma de mediação entre as partes”, defende a psicóloga Vera Zimmermann.
Um ano depois do conflito, Nathan leva outra vida. Mudou de escola. Sem nenhuma modéstia, ele se gaba que os mais de 30 alunos da sala são todos amigos dele. “Me sinto bem melhor”, conta.
Na entrevista à TV australiana, o repórter pergunta a Casey se ele é um super-herói, como milhões de pessoas no mundo inteiro parecem acreditar. Ele responde, com um sorriso tímido: “Não, não mesmo. Bem que eu gostaria de ser”.
O garoto que foi arremessado alo chão por Casey é Richard Gale, de 12 anos. Apesar da violência com que bateu no chão, ele só teve arranhões no joelho. A mãe de Richard disse que vai obrigar o filho a pedir desculpas. Os dois garotos foram suspensos na escola onde aconteceu a briga.
Em todas essas histórias, fica claro que o interesse e a intervenção da escola, onde acontece a imensa maioria dos casos de bullying, é fundamental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário