Uma nova pesquisa publicada por uma universidade americana aponta que os eventos de bullying contra crianças gagas impactam mais na sensação de ansiedade do que a própria gagueira – um problema de fluência da fala amplamente conhecido
“Técnicas que ajudam essas crianças a lidar com a gagueira podem não dar conta de todo o problema, pois o impacto emocional pode vir de outras fontes”, explica Willian Murphy, pesquisador da Universidade de Purdue. “Mesmo as crianças que trabalham suas emoções em terapias podem continuar a sentir os efeitos negativos dessas provocações na escola na idade adulta. A habilidade verbal comprometida mesmo depois de velhos pode ter raízes nas situações embaraçosas criadas pela gagueira na infância e amplificadas pelo bullying.”
Murphy também trabalhou com outros dois pesquisadores – Scott Yaruss, da Universidade de Pittsburgh, Robert Quesal e Nina Reardon, da Universidade de Western Illinois – e publicou um livro sobre o tema.
Nos EUA, as escolas são as responsáveis pelas terapias para ensinar as crianças a lidar com a gagueira. “Entretanto, essas crianças podem não receber o melhor tratamento possível e, fora isso, as crianças com níveis de ansiedade mais altos podem não ter sido identificadas adequadamente, pois as terapias são desenhadas para atender a grupos amplos, onde a individualidade muitas vezes pode não estar sendo observada”, diz Murphy.
Nesse ponto, os pais e cuidadores precisam conversar com seus filhos sobre o bullying e ensiná-los a lidar com as situações de violência verbal. Entre as estratégias para lidar com o bullying está ter um grupo de bons amigos que possam auxiliar essas crianças a se sentirem mais protegidas e mesmo se sentarem mais próximos dos professores, para evitar serem alvos de ataques durante a aula.
“Os pais muitas vezes cometem o erro de achar que as crianças devem ignorar os bullyes – indivíduos que cometem o bullying – ou então enfrentá-los fisicamente. As crianças não conseguem ignorar algo que as incomoda. E brigar não resolve o problema da forma mais adequada, além de levar a maiores problemas no futuro”, explica o pesquisador.
Problema não pode ser minimizado
Para o especialista, os professores também precisam estar preparados para falar sobre o assunto de forma adequada, lembrando inclusive que figuras históricas tinham gagueira (incluindo cantores e atores). Mas o problema não pode ser simplificado.
“Todo mundo reconhece a gagueira e a maioria das pessoas acha que sabe como curá-la. Parece fácil, afinal é só ‘a pessoa relaxar’. Mas não é bem assim que a gagueira funciona”, aponta Murphy.
A gagueira é uma combinação complexa de fatores biológicos e emocionais. Ela só pode ser diagnosticada com um maior nível de certeza após praticamente seis meses de acompanhamento. O histórico familiar ainda não é um fator determinante claro, mas sabe-se que meninos desenvolvem mais o problema do que as meninas. E, de acordo com dados americanos, aproximadamente 70% dos casos de gagueira na idade pré-escolar são superados antes das crianças terem idade para entrar na escola. Já com crianças mais velhas e adolescentes, as chances do problema de fluência acompanhá-los até a idade adulta é mais alto.
Fonte: O que eu tenho?/Uol
“Técnicas que ajudam essas crianças a lidar com a gagueira podem não dar conta de todo o problema, pois o impacto emocional pode vir de outras fontes”, explica Willian Murphy, pesquisador da Universidade de Purdue. “Mesmo as crianças que trabalham suas emoções em terapias podem continuar a sentir os efeitos negativos dessas provocações na escola na idade adulta. A habilidade verbal comprometida mesmo depois de velhos pode ter raízes nas situações embaraçosas criadas pela gagueira na infância e amplificadas pelo bullying.”
Murphy também trabalhou com outros dois pesquisadores – Scott Yaruss, da Universidade de Pittsburgh, Robert Quesal e Nina Reardon, da Universidade de Western Illinois – e publicou um livro sobre o tema.
Nos EUA, as escolas são as responsáveis pelas terapias para ensinar as crianças a lidar com a gagueira. “Entretanto, essas crianças podem não receber o melhor tratamento possível e, fora isso, as crianças com níveis de ansiedade mais altos podem não ter sido identificadas adequadamente, pois as terapias são desenhadas para atender a grupos amplos, onde a individualidade muitas vezes pode não estar sendo observada”, diz Murphy.
Nesse ponto, os pais e cuidadores precisam conversar com seus filhos sobre o bullying e ensiná-los a lidar com as situações de violência verbal. Entre as estratégias para lidar com o bullying está ter um grupo de bons amigos que possam auxiliar essas crianças a se sentirem mais protegidas e mesmo se sentarem mais próximos dos professores, para evitar serem alvos de ataques durante a aula.
“Os pais muitas vezes cometem o erro de achar que as crianças devem ignorar os bullyes – indivíduos que cometem o bullying – ou então enfrentá-los fisicamente. As crianças não conseguem ignorar algo que as incomoda. E brigar não resolve o problema da forma mais adequada, além de levar a maiores problemas no futuro”, explica o pesquisador.
Problema não pode ser minimizado
Para o especialista, os professores também precisam estar preparados para falar sobre o assunto de forma adequada, lembrando inclusive que figuras históricas tinham gagueira (incluindo cantores e atores). Mas o problema não pode ser simplificado.
“Todo mundo reconhece a gagueira e a maioria das pessoas acha que sabe como curá-la. Parece fácil, afinal é só ‘a pessoa relaxar’. Mas não é bem assim que a gagueira funciona”, aponta Murphy.
A gagueira é uma combinação complexa de fatores biológicos e emocionais. Ela só pode ser diagnosticada com um maior nível de certeza após praticamente seis meses de acompanhamento. O histórico familiar ainda não é um fator determinante claro, mas sabe-se que meninos desenvolvem mais o problema do que as meninas. E, de acordo com dados americanos, aproximadamente 70% dos casos de gagueira na idade pré-escolar são superados antes das crianças terem idade para entrar na escola. Já com crianças mais velhas e adolescentes, as chances do problema de fluência acompanhá-los até a idade adulta é mais alto.
Fonte: O que eu tenho?/Uol
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