sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Após sofrer bullying, jovem morre ao fazer cirurgia bariátrica e família alega negligência





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Reprodução/Facebook Amanda Rodrigues
Desde muito pequena, Amanda Rodrigues sofreu por conta de seu peso. Aos 7 anos de idade ela já ouvia piadinhas e era alvo de preconceito dos colegas na escola, unicamente por ser gordinha.
“Amanda não podia sentar na mesma mesa das meninas na hora do lanche, não podia ser do mesmo grupo nas brincadeiras na hora do parquinho e da educação física, e muito menos conviver junto na sala de aula. Amanda foi uma criança excluída pelas meninas. E os meninos? Ah os meninos batiam nela, por diversas vezes Amanda chegou em casa machucada, espancada, com as perninhas roxas”, contou a irmã, Mayara, em post emocionante no Facebook que já conta com mais de 68 mil compartilhamentos.
A vergonha fez Amanda se sentir sempre excluída e ela lutava com a balança para emagrecer, mas nunca obtinha resultados significantes. Isso a fez tomar uma decisão que mudaria completamente seu destino: uma cirurgia bariátrica. “Nós tentamos de tudo com a Amanda, médicos, dietas, remédios, atividades físicas. Nada foi capaz de conter o peso dela. O peso dela nunca estabilizou, ela engordava cada vez mais. Optamos pela cirurgia, depois de pensar muito, e chegamos à conclusão de que essa era a única saída”, relata Mayara.
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Reprodução/Facebook Mayara Rodrigues
O procedimento foi realizado no dia 17 de janeiro no Hospital Dr. Beda, em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. Apenas 11 dias após realizar a cirurgia, Amanda faleceu de embolia pulmonar, causada por coágulos de sangue vindos das pernas ou, com menos frequência, de outras partes do corpo.
A família acusa o médico responsável, Dr. Gustavo Cunha Rodrigues, de negligência, pois ele havia sido avisado sobre as complicações após a cirurgia. “Assim que ela voltou para o quarto reclamou de uma dor na perna. A minha mãe notificou aos enfermeiros dessa dor, e o Dr. Gustavo pediu que aplicasse uma dose do anticoagulante e no dia seguinte aplicasse mais uma dose. A minha mãe conversou com ele e disse que ela tinha genética para trombose e perguntou se não seriam necessárias mais doses do anticoagulante e ele disse que não”.
Segundo reportagem do G1, o hospital disse em nota que não foi feita nenhuma reclamação formal da família sobre o caso na unidade e que, por sigilo médico, não será divulgada nenhuma informação sobre o episódio. O hospital afirmou ainda que não houve qualquer falha no tratamento de Amanda.
“Nós estamos revoltados, a família toda. Temos certeza de que o médico foi um monstro e matou a nossa filha. A gente não quer nada, não quer dinheiro, nada. Só queremos que não aconteça mais isso com nenhuma família”, afirmou Marlon Rosa, pai de Amanda, dizendo ainda que fará registro de ocorrência na polícia.

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