terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Mãe publica carta de filha que cometeu suicídio após estupro

REDAÇÃO CATRACA LIVRE

A australiana Linda Trevan divulgou uma carta em que acusa os colegas de sua filha de bullying e estupro coletivo em Melbourne (Austrália). A garota cometeu suicídio aos 15 anos depois de ser vítima de violência.
Aos 13 anos, a adolescente Cassidy sofreu bullying e foi levada até uma casa, onde foi abusada sexualmente por dois estudantes que ela não conhecia. "[Enquanto isso] as colegas que a levaram até lá simplesmente sentaram e esperaram. Os dois abusaram dela, enquanto outro guardava a porta", contou a mãe da jovem ao "The Sun".

A adolescente Cassidy cometeu suicídio aos 15 anos após bullying
Créditos: Reprodução / Facebook
A adolescente Cassidy cometeu suicídio aos 15 anos após bullying
De acordo com Trevan, a filha sofreu com pesadelos, ansiedade e ataques de pânico após ser violentada. Cassidy mudou de escola por causa do trauma, mas começou a ser perseguida nas redes sociais e nas ruas. Ela se matou dois anos depois.
A carta foi encontrada pela mãe no computador da jovem. A australiana divulgou o texto para chamar atenção do mundo sobre a impunidade do caso.
A mãe Linda Trevan decidiu divulgar as últimas palavras da filha
Créditos: Reprodução / Facebook
A mãe Linda Trevan decidiu divulgar as últimas palavras da filha
"Me preocupa que se eles puderam fazer isso comigo, eles podem fazer com outros jovens também, ou pelo menos tentar. Você realmente tem o poder de impedir que isso aconteça", escreveu Cassidy em certo trecho. "Mas também estou fazendo isso por mim. Depois de 1 ano e meio, eu quero, finalmente, ser deixada em paz. Ainda continuo recebendo mensagens, de estudantes que eu nunca conheci, me chamando de vadia."
"Meu nome é Cassidy Trevan, e eu fui estuprada. Se alguém algum dia tentar isso com você, confie em mim: vale a pena lutar. Lute. Senão, você irá se arrepender disso pelo resto da sua vida assim como eu. Você pode fazer isso", completa a adolescente.
Os estudantes responsáveis pelo estupro ainda não foram identificados, mas a mãe da vítima afirmou que continua na luta para que eles sejam punidos.

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