quinta-feira, 19 de maio de 2016

Morte de garoto enforcado com cinto pode ter sido acidental e ele sofria bullying, diz polícia


Criança de 10 anos foi encontrada pendurada no guarda-roupa, em Cuiabá. Menino era alegre, mas se queixava de bullying na escola, disse a mãe.

Delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho da Delegacia Especializada da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) ressaltou que não foi encontrada nenhuma denúncia de maus tratos contra a família do menino.
A morte de um menino, de 10 anos, encontrado enforcado com um cinto dentro do guarda-roupa do quarto dele, em Cuiabá, pode ter sido acidental. O caso é investigado pela Delegacia da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). Um dos irmãos da vítima, de 6 anos, disse à Polícia Civil que o garoto gostava de fazer brincadeiras de se fingir de morto, enquanto a mãe contou que o filho era alegre, mas se queixava de sofrer bullying na escola por ser negro.
A criança estava assistindo um filme com a mãe e os irmãos, de 6 e 2 anos, na tarde de sexta-feira (13). Ele saiu da sala e foi para o quarto. Depois, foi encontrado pelo irmão de 6 anos pendurado por um cinto dentro do guarda-roupa. A criança foi socorrida pela mãe e levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Pronto-Socorro, onde morreu por volta de 12h do dia seguinte.
A perícia oficial técnica foi até a casa da família, no Residencial Nova Canaã, em Cuiabá, acompanhada do delegado que conduz o inquérito, Eduardo Botelho, na segunda-feira (16). Segundo ele, foram encontradas digitais de criança no guarda-roupa, o que comprova que o menino subiu sozinho e usou a gaveta para colocar o cinto no cabideiro e se pendurar. A gaveta estava cedida, como constatou a perícia.
Exame de necropsia no corpo não detectou lesões externas e nem no pescoço, o que indicaria que a vítima não sofreu violência física e que ficou pouco tempo pendurado. O pai, a mãe e um tio do menino foram ouvidos na manhã desta terça-feira (17).
Conforme a polícia, não foram encontradas denúncias de agressão ou maus-tratos no Conselho Tutelar. Para finalizar o inquérito, ainda é preciso esperar o resultado de exames complementares, entre eles o toxicológico. O delegado Eduardo Botelho também deverá ouvir professores da escola em que o menino estudava.
O corpo do menino foi enterrado no domingo (15).
MT Agora - G1 MT

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