domingo, 10 de fevereiro de 2013

Cyberbullying e dicas para sua prevenção

Considerando-se a gravidade das agressões e violências que acontecem por meio do uso indevido das TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação), não há dúvida que muitas medidas devem ser tomadas, logo que se constata um desses ataques.

Nas escolas, por exemplo, aconselha-se: (a) que todas as pessoas vinculadas ao mundo escolar (alunos, professores, diretores etc.) entendam bem e falem do cyberbullying, (b) que revisem as políticas educativas e as práticas existentes, (c) que sejam abertas vias de comunicação das incidências do fenômeno, (d) que haja promoção do uso adequado das TIC e (e) que sejam analisados e acompanhados os impactos das estratégias de prevenção.


No que concerne à família, ela tem que assumir sua parte de responsabilidade ativa na prevenção do cyberbullying, que ensinem seus filhos a bem utilizar tais aparatos, que acompanhem o uso da internet pelos filhos, que prestem atenção no seu comportamento logo após terem feito contato com a internet, que denunciem eventuais ataques contra seus filhos etc.

Quantos aos alunos: (a) que sejam fomentados a adotarem uma atitude de tolerância zero frente aos ataques cibernéticos, (b) que não desprezem as provas do que aconteceu, (c) que todos os alunos sejam envolvidos no problema, desenvolvendo-se empatia em relação à vítima e censurando as agressões, (d) que não compartilhem dados pessoais na rede, (e) que nunca fiquem sozinhas com pessoas que conheceu na internet, (f) que façam o bloqueio eletrônico do agressor, (g) não acreditem em tudo que vejam na internet, (h) que não baixem conteúdos enviados por desconhecidos etc. (Mora-Merchán, Ortega, Calmaestra e Smith: 2010, p. 202-206).

Já não se justifica, em plena era ciberespacial, praticarmos a política do avestruz em relação ao cyberbullying. Não podemos fazer de conta que nada está se passando. Todos devemos estar muito atentos nas modificações de comportamento das crianças e dos jovens em idade escolar. A baixa do seu rendimento escolar, a recusa de ir à escola, a tristeza constante, o medo etc.: tudo pode estar indicando que estamos diante de uma agressão cibernética de bullying. Se essa situação já é dolorosa por si só, muito mais grave fica se ela perdura no tempo. Daí a necessidade de todos se envolverem para prevenir esse tipo de agressão ou, pelo menos, para fazer cessar a que está em andamento.

*LFG – Jurista e cientista criminal. Fundador da Rede de Ensino LFG. Codiretor do Instituto Avante Brasil e do atualidadesdodireito.com.br. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). Siga-me nas redes sociais: www.professorlfg.com.br.

Fonte: Instituto Avante Brasil

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