A promotora de justiça Edna Sara Cerqueira, que atua com adolescentes em conflito com a lei e coordena a campanha Bullying não é brincadeira, do Ministério Público da Bahia, ressalta que a denúncia, seja ela no âmbito institucional ou jurídico, é a principal arma contra este tipo de violência. “O silêncio só fortalece a impunidade”, pontua. Atualmente o MP-BA trabalha com 20 casos de atos infracionais relacionados ao bullying, sendo quatro deles cometidos com uso da internet. De janeiro a setembro deste ano, nove casos foram registrados pelo órgão.
Conforme a promotoria, muitos casos não são notificados ou são registrados como lesões corporais e somente na apuração se descobre que houve humilhação na escola. As denúncias também podem ser feitas ao Conselho Tutelar ou à Delegacia do Adolescente Infrator. As redes municipal e a estadual de ensino também não possuem estatísticas de casos que são resolvidos na instituição.
Recuperação - Para a criança e o adolescente que cometem este tipo de infração, as medidas socioeducativas adotadas vão desde a advertência até a internação em casa de acolhimento. Aos pais e educadores, conforme o especialista em psicologia educacional Carlos César Barros, cabe trabalhar com o tema de forma aberta e ficar atento a mudanças de comportamento.
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Tire suas dúvidas
1. O que é bullying?
Comportamentos agressivos na escola, de modo intencional e repetido, sem motivações específicas ou justificáveis. Pode ser verbal, física e material, psicológica e moral, sexual ou virtual.
2. O que causa à vítima?
Desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos, comportamentais e psíquicos, como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. Em casos mais graves, esquizofrenia, homicídio e suicídio.
3. Como detectar a vítima?
Na escola, costuma ficar sozinha. Na sala de aula apresenta postura retraída. Em casa, queixa-se de dores no período que antecede o horário da escola.
4. Como identificar um praticante de bullying?
Os bullies (agressores) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações e constrangem alguns alunos. Em casa, têm atitudes desafiadoras e agressivas com os familiares. Mentem de forma convincente.
5. Como pais e professores podem ajudar a vítima?
Os pais devem buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos.
Fonte: Cartilha do Conselho Nacional de Justiça.
Onde denunciar
Os pais da vítima podem denunciar o caso na Delegacia do Adolescente Infrator. (MP: Disque 100 ou 08000-71-8400; Delegacia do Adolescente Infrator (DAI): 3116-2128 / 3381-8431).
Fonte: A Tarde
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