quinta-feira, 25 de novembro de 2010

DEFENSORES E PSICÓLOGOS DEBATEM BULLYING

A Defensoria Pública do Estado de Sergipe, através do CIAPS - Centro Integrado de Apoio Psicossocial, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, realizou um ciclo de palestras nas escolas públicas e privadas com o objetivo de combater, esclarecer e conscientizar os alunos sobre a incidência da prática de bullying, destacando as causas e conseqüências.

Na última palestra do ano, realizada na manhã desta quarta-feira (24), no Colégio Estadual Professor Arício Fortes, localizado no Bairro América, cerca de 250 alunos ficaram atentos aos temas abordados pelas psicólogas Juliana Andrade Passos, Syrlene Maria Besouchet e a defensora pública Emília Correia que iniciou a apresentação falando sobre as conseqüências da prática de bullying no contexto jurídico. Buscamos conscientizar esses alunos de que o bullying pode se caracterizar numa prática criminosa e acarretar em danos irreparáveis que podem levar a agressão física e até o homicídio, disse Emília Correia.

O bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo incapaz de se defender, e acontece entre jovens e crianças de todas as classes sociais. As vítimas são alunos frágeis, que se sentem desiguais ou prejudicados e que dificilmente pedem ajuda. Eles podem demonstrar desinteresse, medo ou falta de vontade de ir à escola, apresentar alterações no rendimento escolar, dispersão ou notas baixas, explicou a psicóloga Syrlene Maria besouchet Teles.

A aluna da 7ª Série do ensino fundamental do Colégio Arício Fortes, Érica Daniele, disse que é vítima de bullying e que nunca teve coragem de denunciar na diretoria da escola ou desabafar com os pais. Sou portadora de necessidades especiais e há algum tempo venho sendo apelidada de aleijada, torta, entre outros que não quero citar, mas sempre tive medo de denunciar, se emocionou Daniele, que foi orientada pela defensora pública Emília Correia.

Durante a palestra, alunos se manifestaram e assumiram a prática tanto como agressor quanto vítima. Essa palestra tem sido importante, pois muitos alunos que praticam o bullying não tinham conhecimento do que significa e quais as conseqüências dessa prática. É importante que a vítima denuncie na diretoria de sua escola e comunique aos pais. Se houver omissão da escola os pais deverão procurar a Defensoria Pública, alertou a defensora pública Emília Correia.

Essa Palestra mostra aos alunos e diretores de escolas as conseqüências do bullying e de como identificar os agressores e vítimas. É importante também que os pais colaborem, pois se não houver ação conjunta não há como combater essa prática, enfatizou o diretor da escola Arício Fortes, Marcos Antonio Matos.

A equipe da Defensoria Pública do Estado de Sergipe composta pelas psicólogas Syrlene Maria Besouchet e Juliana Andrade; as defensoras públicas Emília Correia e Richesmy Libório Santa Rosa visitou seis escolas e o resultado foi positivo. As palestras foram produtivas. Encerramos o ciclo esse ano, mas iremos dar continuidade em 2011, pois a meta da Defensoria Pública é atingir um número maior de colégios estaduais, municipais e particulares, anunciou a psicóloga Juliana Andrade.

Fonte: Plenário a notícia agora

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