Se é do broto que se verga o tronco, se a  educação vem do berço, significa que desde que nascemos começa a nossa  educação.E penso que, em sã consciência, nenhum pai ou mãe, eduque mal o  seu filho.
Confúcio disse que “o que afoga as boas sementes não é o mato, mas a  negligência do camponês”. Não sejamos negligentes. Não sejamos  espectadores do que ocorre a nossa volta. Levantemos do nosso descanso e  participemos da luta contra a maldade que tanto machucam nossas  crianças, jovens e adultos.
Se acabarmos com a erva daninha e cultivar as boas sementes, sempre  haverá um sugestivo amanhã. Para isso acontecer é necessário que  tenhamos bons chefes, e a recíproca será verdadeira, uma camaradagem  espontânea.
O bullying pode acontecer em qualquer empresa ou ambiente de trabalho,  da maior corporação ao menor negócio: hospitais, clínicas, consultórios  médicos, escritórios de advocacia, salões de cabeleireiro, spas,  academias de ginástica, faculdades ou universidades. Na polícia, nos  bombeiros, repartições públicas, e muitos outros lugares, além da  escola, são claro. O bully pode ser uma pessoa, um grupo, ou todo um  departamento. E deixam para trás um rastro de vítimas.
O bullying no local de trabalho tem sido um problema não falado por  anos, chamado de “EPIDEMIA SILENCIOSA”. Comportamento: acusação,  crítica, fofoca, assédio, insultos, intimidações, racismo, assédio  sexual, homofobia. Os chefes que são bullies podem preparar seus alvos  para o fracasso, de muitas maneiras. Entre elas, acusações de que seu  desempenho profissional é inadequado. Apenas sugerem, veladamente. São  os chamados “santinho/santinha de pau oco”. Criam ambientes de trabalho  opressivos, competitivos e cheios de medo. Muitas vezes fazem com que os  trabalhadores se voltem uns contra os outros. Às vezes, vários  indivíduos, entre eles pode ser um superior, que tenta forçá-lo a mudar  de tarefa, ou até mesmo deixar o emprego.
Esse comportamento, chamado MOBBING (ataque em grupo, máfia, gang,  quadrilha), intimidam, culpam, distorcem a realidade, são desonestos  e/ou criam caos permanente. E os trabalhadores, em ambientes de trabalho  desse tipo sentem-se confusos, assustados, ansiosos, culpados,  envergonhados, com raiva, e/ou deprimidos. Os bullies de local de  trabalho podem gerar destruição por muitos anos, sofrendo pouca ou  nenhuma conseqüência por seu comportamento. Às vezes encontram outros  empregos, exercendo bullying em novos ambientes. E como já foi dito, a  vítima do bullying pode se tornar um bully também.
Quando há bullying/mobbing no local de trabalho e nada se faz a  respeito, o custo é pago em produtividade baixa, centenas de horas  perdidas por licenças de saúde, consultores caros, processos judiciais  onerosos e cada vez mais, perda de vidas, real ou figurada. E quanto  mais se permite o bullying/mobbing, sem intervenção, mais alto o custo  para a organização e para o agredido. A prevenção é treinar a todos, de  diretores a trabalhadores, para reconhecer o comportamento. Os  bullies/mobbis são sarcásticos e desmerecem outros por meio de humor  negativo. Quando confrontados, dizem: eu estava só brincando. Você não  tem senso de humor? Podem também parecer arrogantes, contar vantagens,  para que os outros saibam que eles são mais importantes. Convencem  outras pessoas que são mais inteligentes, têm mais conhecimento e  especialização, melhor histórico, etc. Os bullies/mobbis,têm   necessidade de se sentirem no controle de todos e de tudo.São egoístas e  autocentrados,querendo ser o  foco de atenção positivas. Esses “chefes  bully/mobbing” assumem o crédito pela criatividade e pelo esforço de  seus empregados durante anos, convencendo-os que são seus principais  apoiadores. E ao mesmo tempo os mantêm em seu lugar, ao depreciar e  sabotar sutilmente suas idéias, seus atributos pessoais, sua formação,  seu desempenho profissional e/ou suas realizações. Alguns manipulam seus  colegas para que se volte contra suas vítimas.
Com esse 3º artigo, fecha-se o ciclo, círculo ou circo (dos horrores)  dos três personagens principais: a vítima, o agressor e o espectador.  Esse último, o espectador, nem sempre reconhecido como personagem  atuante em uma agressão, é fundamental para a continuidade do conflito. O  espectador típico é uma testemunha dos fatos: não sai em defesa da  vítima nem se junta aos agressores.
Quando recebe uma mensagem, não  repassa. Essa atitude passiva ocorre por medo de também ser alvo de  ataques ou pó falta de iniciativa para tomar partido. Também  considerados espectadores, há os que atuam como uma platéia ativa ou uma  torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo.  Eles transmitem imagens ou fofocas, tornando-se coautores ou  corresponsáveis.
Sugestões:
MALHAÇÃO: um dos pioneiros ao mostrar os problemas abordados nos três artigos. Assistam.
Leitura: OLIVER TWIST, de Charles Dickens. O SENHOR DAS MOSCAS, de William Golding.
Carpe diem. (aproveite o dia).
Consulta: acervo particular.
(*) Gilda Proença. Licenciatura em Letras Anglo-Portuguesas - Universidade Estadual de Londrina - UEL- Paraná. Especialização em Metodologia Educacional – UFMT – Rondonópolis
Fonte: A Tribuna Mato Grosso
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Nenhum comentário:
Postar um comentário