domingo, 7 de novembro de 2010

Educar para a PAZ

Se é do broto que se verga o tronco, se a educação vem do berço, significa que desde que nascemos começa a nossa educação.E penso que, em sã consciência, nenhum pai ou mãe, eduque mal o seu filho.

Confúcio disse que “o que afoga as boas sementes não é o mato, mas a negligência do camponês”. Não sejamos negligentes. Não sejamos espectadores do que ocorre a nossa volta. Levantemos do nosso descanso e participemos da luta contra a maldade que tanto machucam nossas crianças, jovens e adultos.

Se acabarmos com a erva daninha e cultivar as boas sementes, sempre haverá um sugestivo amanhã. Para isso acontecer é necessário que tenhamos bons chefes, e a recíproca será verdadeira, uma camaradagem espontânea.

O bullying pode acontecer em qualquer empresa ou ambiente de trabalho, da maior corporação ao menor negócio: hospitais, clínicas, consultórios médicos, escritórios de advocacia, salões de cabeleireiro, spas, academias de ginástica, faculdades ou universidades. Na polícia, nos bombeiros, repartições públicas, e muitos outros lugares, além da escola, são claro. O bully pode ser uma pessoa, um grupo, ou todo um departamento. E deixam para trás um rastro de vítimas.

O bullying no local de trabalho tem sido um problema não falado por anos, chamado de “EPIDEMIA SILENCIOSA”. Comportamento: acusação, crítica, fofoca, assédio, insultos, intimidações, racismo, assédio sexual, homofobia. Os chefes que são bullies podem preparar seus alvos para o fracasso, de muitas maneiras. Entre elas, acusações de que seu desempenho profissional é inadequado. Apenas sugerem, veladamente. São os chamados “santinho/santinha de pau oco”. Criam ambientes de trabalho opressivos, competitivos e cheios de medo. Muitas vezes fazem com que os trabalhadores se voltem uns contra os outros. Às vezes, vários indivíduos, entre eles pode ser um superior, que tenta forçá-lo a mudar de tarefa, ou até mesmo deixar o emprego.

Esse comportamento, chamado MOBBING (ataque em grupo, máfia, gang, quadrilha), intimidam, culpam, distorcem a realidade, são desonestos e/ou criam caos permanente. E os trabalhadores, em ambientes de trabalho desse tipo sentem-se confusos, assustados, ansiosos, culpados, envergonhados, com raiva, e/ou deprimidos. Os bullies de local de trabalho podem gerar destruição por muitos anos, sofrendo pouca ou nenhuma conseqüência por seu comportamento. Às vezes encontram outros empregos, exercendo bullying em novos ambientes. E como já foi dito, a vítima do bullying pode se tornar um bully também.

Quando há bullying/mobbing no local de trabalho e nada se faz a respeito, o custo é pago em produtividade baixa, centenas de horas perdidas por licenças de saúde, consultores caros, processos judiciais onerosos e cada vez mais, perda de vidas, real ou figurada. E quanto mais se permite o bullying/mobbing, sem intervenção, mais alto o custo para a organização e para o agredido. A prevenção é treinar a todos, de diretores a trabalhadores, para reconhecer o comportamento. Os bullies/mobbis são sarcásticos e desmerecem outros por meio de humor negativo. Quando confrontados, dizem: eu estava só brincando. Você não tem senso de humor? Podem também parecer arrogantes, contar vantagens, para que os outros saibam que eles são mais importantes. Convencem outras pessoas que são mais inteligentes, têm mais conhecimento e especialização, melhor histórico, etc. Os bullies/mobbis,têm necessidade de se sentirem no controle de todos e de tudo.São egoístas e autocentrados,querendo ser o foco de atenção positivas. Esses “chefes bully/mobbing” assumem o crédito pela criatividade e pelo esforço de seus empregados durante anos, convencendo-os que são seus principais apoiadores. E ao mesmo tempo os mantêm em seu lugar, ao depreciar e sabotar sutilmente suas idéias, seus atributos pessoais, sua formação, seu desempenho profissional e/ou suas realizações. Alguns manipulam seus colegas para que se volte contra suas vítimas.

Com esse 3º artigo, fecha-se o ciclo, círculo ou circo (dos horrores) dos três personagens principais: a vítima, o agressor e o espectador. Esse último, o espectador, nem sempre reconhecido como personagem atuante em uma agressão, é fundamental para a continuidade do conflito. O espectador típico é uma testemunha dos fatos: não sai em defesa da vítima nem se junta aos agressores.

Quando recebe uma mensagem, não repassa. Essa atitude passiva ocorre por medo de também ser alvo de ataques ou pó falta de iniciativa para tomar partido. Também considerados espectadores, há os que atuam como uma platéia ativa ou uma torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo. Eles transmitem imagens ou fofocas, tornando-se coautores ou corresponsáveis.

Sugestões:
MALHAÇÃO: um dos pioneiros ao mostrar os problemas abordados nos três artigos. Assistam.

Leitura: OLIVER TWIST, de Charles Dickens. O SENHOR DAS MOSCAS, de William Golding.

Carpe diem. (aproveite o dia).

Consulta: acervo particular.

(*) Gilda Proença. Licenciatura em Letras Anglo-Portuguesas - Universidade Estadual de Londrina - UEL- Paraná. Especialização em Metodologia Educacional – UFMT – Rondonópolis

Fonte: A Tribuna Mato Grosso

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