A clássica orientação “faça uma pose” promete ser substituída por “seja a voz que vai mudar a indústria da moda” com a chegada da modelo norte-americana que veste manequim 46
Se você já está familiarizada com as expressões “smize” (sorria com os olhos) e “tooch booty” (empine o bumbum), com certeza é fã do reality “America’s Next Top Model”, que estreou em 2003 e promete mudanças para a nova temporada. Além da substituição de Trya Banks por Rita Ora, um novo time de jurados promete dar fôlego à atração. Entre os nomes de destaque estará Ashley Graham, a modelo plus size mais celebrada do momento.
Em entrevista à Marie Claire US, ela conta de que maneira promete influenciar o programa a assumir diretrizes voltadas à valorização de uma beleza sem padrão. Segundo ela, ser modelo a partir de agora significa usar sua voz para propor mudanças.
Marie Claire - Muitas modelos têm usado sua popularidade para criar e propagar questões sociais importantes. Você pretende encorajar as candidatas do ANTM a expor suas opiniões?
Ashley Graham – Com certeza, 100%. Acho importante que as modelos entendam que não basta mais ter apenas um rostinho bonito, é preciso ter uma voz que possa mudar a maneira como a indústria enxerga ser uma silhueta adequada. No meu caso, enxerguei uma janela onde não estavam me oferecendo trabalhos editoriais e onde eu não era vista além de uma garota de catálogo, que foi onde fui colocada pelo agente. Se você quer mais, vá conquistar mais. Se você precisa falar mais alto para fazer isso, então faça. Assim que tive uma oportunidade, usei minha voz de uma maneira gigante.
MC – Você promove a ideia de que todo mundo é bonito e todos os corpos devem ser celebrados, mas ao mesmo tempo se trata de uma competição. Como você vai julgar tendo isso em mente?
AG – Nós escolhemos todas as meninas pelo seu próprio valor e ouvimos seus sonhos, planos e histórias. Não foi uma escolha baseada nas fotos das mais bonitas. Foi tipo: ‘Quais são os seus objetivos, sonhos, aspirações? O quão longe ela pretende ir sem o America’s Next Top Model? E quais são os planos para depois da vitória? Algumas tinham isso em mente, outras não. E as que não tinham começaram a refletir e entenderam que existia toda uma outra oportunidade por trás de um rosto bonito. Muitas meninas do programa cresceram entendendo quem elas eram e o que queriam.
Em entrevista à Marie Claire US, ela conta de que maneira promete influenciar o programa a assumir diretrizes voltadas à valorização de uma beleza sem padrão. Segundo ela, ser modelo a partir de agora significa usar sua voz para propor mudanças.
Marie Claire - Muitas modelos têm usado sua popularidade para criar e propagar questões sociais importantes. Você pretende encorajar as candidatas do ANTM a expor suas opiniões?
Ashley Graham – Com certeza, 100%. Acho importante que as modelos entendam que não basta mais ter apenas um rostinho bonito, é preciso ter uma voz que possa mudar a maneira como a indústria enxerga ser uma silhueta adequada. No meu caso, enxerguei uma janela onde não estavam me oferecendo trabalhos editoriais e onde eu não era vista além de uma garota de catálogo, que foi onde fui colocada pelo agente. Se você quer mais, vá conquistar mais. Se você precisa falar mais alto para fazer isso, então faça. Assim que tive uma oportunidade, usei minha voz de uma maneira gigante.
MC – Você promove a ideia de que todo mundo é bonito e todos os corpos devem ser celebrados, mas ao mesmo tempo se trata de uma competição. Como você vai julgar tendo isso em mente?
AG – Nós escolhemos todas as meninas pelo seu próprio valor e ouvimos seus sonhos, planos e histórias. Não foi uma escolha baseada nas fotos das mais bonitas. Foi tipo: ‘Quais são os seus objetivos, sonhos, aspirações? O quão longe ela pretende ir sem o America’s Next Top Model? E quais são os planos para depois da vitória? Algumas tinham isso em mente, outras não. E as que não tinham começaram a refletir e entenderam que existia toda uma outra oportunidade por trás de um rosto bonito. Muitas meninas do programa cresceram entendendo quem elas eram e o que queriam.
MC – Você pode dizer qual é a importância da mídia social para uma modelo em 2016?
AG – Enorme! Eu não estaria onde estou hoje se não fossem as redes sociais. Elas me deram voz e funcionaram como uma plataforma, foi um lugar que me conectou com meus fãs, mostraram pra eles o que eu pensava e o que eu pretendo mudar na indústria. Elas representam essas meninas, que sabem o valor do social. Estamos falando sobre ter seguidores, sobre ter voz.
MC – Como você lida com o bullying online? Já é uma realidade que a fama em 2016 vem acompanhada de trolls.
AG – Acho que conforme você cresce na carreira, você fica mais exposta ao bullying, e nas redes sociais isso é potencializado. O conselho que dou às meninas é: você tem que se manter forte e nãolevar a sério. A indústria da moda não será sempre legal com você, assim como as pessoas das redes sociais. É sobre como você consegue lidar com essa situação e o quanto permite que isso te afete. Você pode se chatear ou simplesmente passar por cima e ignorar os haters.
MC – Você está preocupada com o fato de fazer alguém chorar?
AG – Teve um momento em que eu estava dando um conselho para uma menina novinha e comecei a chorar antes dela. Se trata de uma questão subjetiva de algo muito próximo e admirado por mim. Eu não me considero chorona, mas nesses momentos de vulnerabilidade, quando você nota o quanto elas desejavam aquilo e o quão difícil é chegar ao topo, você fica sensibilizada por eles. Eu já ouvi: ‘Você não é capaz, você é gorda demais, não é suficientemente boa’. E no fim, estou aqui treinando essas garotas e dizendo a elas o quão difícil é chegar lá. Você verão lágrimas rolando, mas é tudo por uma boa causa.
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