terça-feira, 1 de novembro de 2016

Grazi Massafera revela ter sofrido bullying nos bastidores das novelas: "Sou uma sobrevivente"


Indicada ao Emmy Internacional de melhor atriz e de volta às novelas em "A Lei do Amor", a atriz fez um balanço de seus dez anos de carreira e deu detalhes das dificuldades enfrentadas para se firmar na profissão. "Encontrei um vodu, no meu carro", disse


Grazi Massafera na Marie Claire de novembro (Foto: Bob Wolfenson / Edição de moda: Larissa Lucchese)
Ela estreou em uma novela do horário nobre há dez anos, tendo como experiência profissional anterior um concurso de miss e um reality show. Foi criticada, sofreu preconceito e quase desistiu da carreira. Mas hoje vive a consagração. Indicada ao Emmy de melhor atriz, Grazi Massafera volta às novelas como destaque de "A Lei do Amor". Capa de novembro da Marie Claire, ela fala sobre os altos e baixos de sua trajetória na TV e garante: “Sou uma sobrevivente!”
Confira a seguir alguns trechos do bate-papo. A íntegra está na edição que chega às bancas nesta terça (01).
BICHO RUIM
"Não me envergonho de ter começado no Big Brother Brasil. Sei que muitas meninas querem participar do programa porque sonham trilhar um caminho como o meu. Acho isso tão perigoso... Não sei dizer o que deu certo para mim ali. Talvez porque, apesar dessa minha cara de boazinha, sou um bicho ruim [risos]. Sou muito determinada e corajosa. Um tempo atrás tive
uma crise, quis desistir de ser atriz. Não me sentia estimulada porque sempre me escalavam para fazer o mesmo tipo de personagem: que tivesse a ver ou com meu físico ou com meu apelo popular. Estava tão esgotada de explorar isso... Então fui para a espanha fazer um curso [com o diretor argentino Juan Carlos Corazza] e voltei apaixonada pela profissão. A Globo queria que eu virasse apresentadora do 'Vídeo Show', mas não aceitei. Foi então que recebi o convite para fazer 'Verdades Secretas'. Foi um momento incrível. Agora, com a Luciane [a ex-garota de programa que Grazi interpreta em a 'Lei do amor'], a cobrança é alta. Tento transformar isso a meu favor para que não vire um boicote.”
BULLYING DO PROJAC
"Estou há dez anos fazendo novelas e às vezes, em cena, reencontro atores que tentaram puxar meu tapete quando comecei. Em minha primeira cena de choro [em "Páginas da Vida"
(2006)], uma colega do elenco ficou atrás do câmera, me encarou e sussurrou: ‘Você não vai conseguir!’. Quando ganhei o troféu de atriz revelação [no prêmio Melhores do Ano do "Domingão do Faustão", em 2006], encontrei um ator veterano nos bastidores e fui cumprimentá-lo. Ele virou a cara e disse: ‘Olha só essa big brother... Em que mundo estamos?’. Já teve ator que disse na minha cara: ‘Não contraceno com ex-BBB’ e, quando tinha diálogos comigo, falava olhando em direção à parede. Houve coisas mais baixas, como quando esconderam um estojo de maquiagem na minha bolsa para me acusar de roubo no camarim. Uma vez encontrei um boneco preto horrível, pintado com tinta vermelha e todo espetado, um vodu mesmo, no meu carro. Só eu sei o que passei... Sou uma sobrevivente!”

"Faço análise há seis anos e tenho aprendido a buscar o equilíbrio em tudo na minha vida. existe uma cobrança dos maquiadores, dos diretores e do público para que uma atriz apareça cada vez mais linda e jovem naTV. Quem entra nessa pira... Beijo, meu amor, fica louca! Vejo mulheres se mutilando, com o rosto todo esticado, e acho triste. Já fiz botox e coloquei silicone no peito para me sentir mais feminina. Gosto de malhar, mas penso sempre que o benefício é a saúde e o presentinho é a estética. Algumas atrizes dizem que querem morrer velhinhas no palco. Eu não! Nos próximos dez anos, pretendo diminuir meu ritmo e ir parando de atuar aos poucos. Fui indicada ao Emmy Internacional, mas nunca sonhei em ter uma carreira lá fora. Nem falo inglês! E adoro chegar ao exterior e não ser reconhecida.”

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