skip to main |
skip to sidebar
Artigo do ‘NYT’ fala sobre bullying na era Trump
Autora de livro sobre bullying explica como a atitude do presidente pode influenciar o comportamento dos jovens
Desde que Trump foi eleito, o Southern Poverty Law Center recebeu mais de 430 denúncias de bullying, assédio e racismo ao redor do país (Foto: Wikimedia) Em um artigo publicado nesta quarta-feira, 16, no New York Times, a jornalista Emily Bazelon, autora do livro “Sticks and Stones” sobre a cultura do bullying, alerta para o risco da eleição de Donald Trump influenciar jovens a terem atitudes preconceituosas. Crianças que pertencem a minorias étnicas ou religiosas, ou que são homossexuais ou deficientes, têm maior probabilidade de sofrer bullying na escola do que outras crianças. Na última década, as escolas passaram a investir na prevenção do bullying para o benefício e segurança dos estudantes. Os colégios contavam com o apoio do Departamento Federal de Educação e das leis estaduais. No entanto, segundo Bazelon, agora que os Estados Unidos elegeram um homem que usou mensagens racistas, xenófobas e misóginas, além de zombar dos deficientes, em sua campanha, isso pode permitir que outras pessoas façam o mesmo. Desde que Trump foi eleito, o Southern Poverty Law Center recebeu mais de 430 denúncias de bullying, assédio e racismo ao redor do país. O porta-voz do centro, Ryan Lenz, disse que o órgão não tinha números tão altos desde a onda anti-islâmica após os ataques de 11 de setembro. Na York County School of Technology, na Pensilvânia, estudantes foram filmados gritando “poder branco”. Na Maple Grove High School, em Minnesota, uma pichação racista, que misturava slogans de Trump, fez com que alunos negros se sentissem inseguros no local. Na Universidade de Michigan, um homem ameaçou atear fogo em uma aluna caso ela não tirasse seu hijab. No último domingo, 13, Trump anunciou sua escolha para estrategista chefe de seu governo: Stephen Bannon. Ele dirigia um site de extrema direita chamado Breitbart News. O site chegou a postar uma notícia falando sobre uma suposta onda de falsas alegações de crimes de ódio nas redes sociais. Segundo a ex-mulher de Bannon, ele não queria que suas filhas fossem ao colégio com judeus. Bazelon conta que viajou o país durante os últimos anos para falar sobre o bullying, e que pais costumavam perguntar a ela sobre o impacto nas crianças de celebridades e líderes que desrespeitavam outras pessoas. É exatamente esta resposta que ela explica no artigo, a de que crianças absorvem ideias compartilhadas sobre que comportamento é permitido e qual é intolerável. Ou seja, se o presidente dos Estados Unidos e sua cúpula, acham o racismo e o assédio toleráveis, as crianças e os jovens correm o risco de acharem o mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário