Zezé contou que, para ser aceita, tentou “embranquecer”.
"Passei por esse processo nos anos 60. Usava peruca lisa, pensava em operar o nariz, diminuir a bunda, e em usar lentes de contato verdes. Queria ser aceita!" contou, relembrando que tempos depois virou ícone, com sua beleza natural ao encenar Xica da Silva.
O preconceito, aliado ao bullying, voltou a perseguir a atriz em 1984.
"Quando fiz par com Marcos Paulo em Corpo a Corpo, do Gilberto (Braga), cheguei a ouvir comentários do tipo: ‘Se eu fosse ele, lavaria a boca depois de beijar essa mulher horrorosa'. Mas foi importante. Negro nunca tinha família nas novelas”, lembrou.
A atriz ainda citou a fase louca, em que usava maconha.
“Lucélia Santos, Marco Nanini, eu e Wolf Maia morávamos num apartamento na Fonte da Saudade (bairro da Zona Sul carioca). Lucélia queria tanto morar com a gente que deu um jeito de ficar com o quarto de empregada. À noite, todo mundo ia parar na cama dela para fumar um baseado!", riu a atriz.
Com tanta bagagem profissional, ela não negou que ficou insatisfeita com seu personagem mais recente, a doméstica Sebastiana, na novela Boogie Oogie, da Globo.
"Pensei em pedir para sair de minha última novela. Era para eu fazer uma empregada que batalharia para que o filho virasse diplomata. E não rolou. Eu fiquei abrindo porta, servindo cafezinho. Quase entrei em depressão.”, concluiu a artista.
Fonte: O Fuxico
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