Pesquisadores aplicaram questionário a 251 crianças e pais em hospital.
Quase 50% dos pais não sabiam que filhos sofriam bullying, diz estudo.
Alimentos como ovos podem causar alergia em crianças e adultos (Foto: Jonathan Lins/G1)
Uma em cada três crianças diagnosticadas com alergia a comida sofre bullying, segundo um estudo da Escola de Medicina Icahn, localizada na Flórida, nos EUA. A pesquisa foi publicada no site do da revista especializada "Pediatrics", na segunda-feira (24).
Os pesquisadores analisaram respostas de 251 meninos e meninas com intolerância a lactose, ovos, peixe, amendoim e outros alimentos para saber como eles lidavam com o problema. As crianças, ouvidas junto com seus pais, são pacientes do Centro Médico Monte Sinai - hospital ao qual a escola de medicina é ligada.
A cada visita ao centro médico, pais e filhos respondiam a questionários sobre os problemas de alergia, qualidade de vida, casos de bullying e estresse. Quase metade dos familiares (47,9%) não sabia que suas crianças sofriam agressões, segundo os cientistas.
Apesar disso, 50% das crianças agredidas e seus pais relataram viver grandes níveis de estresse e ter baixa qualidade de vida.
"Descobrir o que sofrem as crianças permite intervir nestas situações, o que deve ser feito para reduzir o estresse e elevar a qualidade de vida destes jovens", disse Eyal Shemesh, professor da escola de medicina e um dos autores do estudo. "Pais e pediatras deveriam perguntar para suas crianças alérgicas frequentemente se elas sofrem bullying", afirmou ele ao site do Centro Médico Monte Sinai.
Para outro autor do estudo, o professor Scott Sicherer, a descoberta deve servir de alerta para "os pais, funcionários das escolas e os médicos". Com informações como esta, eles podem agir para identificar e combater o bullying neste grupo fragilizado, pondera Sicherer.
"Descobrir o que sofrem as crianças permite intervir nestas situações, o que deve ser feito para reduzir o estresse e elevar a qualidade de vida destes jovens", disse Eyal Shemesh, professor da escola de medicina e um dos autores do estudo. "Pais e pediatras deveriam perguntar para suas crianças alérgicas frequentemente se elas sofrem bullying", afirmou ele ao site do Centro Médico Monte Sinai.
Para outro autor do estudo, o professor Scott Sicherer, a descoberta deve servir de alerta para "os pais, funcionários das escolas e os médicos". Com informações como esta, eles podem agir para identificar e combater o bullying neste grupo fragilizado, pondera Sicherer.
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