quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Uma em cada três crianças alérgicas a comida sofre bullying, diz estudo

Pesquisadores aplicaram questionário a 251 crianças e pais em hospital.
Quase 50% dos pais não sabiam que filhos sofriam bullying, diz estudo.

 
Do G1, em São Paulo
 
Ovos - Panetone de Macaxeira (Foto: Jonathan Lins/G1) 
Alimentos como ovos podem causar alergia em crianças e adultos (Foto: Jonathan Lins/G1)

Uma em cada três crianças diagnosticadas com alergia a comida sofre bullying, segundo um estudo da Escola de Medicina Icahn, localizada na Flórida, nos EUA. A pesquisa foi publicada no site do da revista especializada "Pediatrics", na segunda-feira (24).

Os pesquisadores analisaram respostas de 251 meninos e meninas com intolerância a lactose, ovos, peixe, amendoim e outros alimentos para saber como eles lidavam com o problema. As crianças, ouvidas junto com seus pais, são pacientes do Centro Médico Monte Sinai - hospital ao qual a escola de medicina é ligada.

A cada visita ao centro médico, pais e filhos respondiam a questionários sobre os problemas de alergia, qualidade de vida, casos de bullying e estresse. Quase metade dos familiares (47,9%) não sabia que suas crianças sofriam agressões, segundo os cientistas.
 
Apesar disso, 50% das crianças agredidas e seus pais relataram viver grandes níveis de estresse e ter baixa qualidade de vida.

"Descobrir o que sofrem as crianças permite intervir nestas situações, o que deve ser feito para reduzir o estresse e elevar a qualidade de vida destes jovens", disse Eyal Shemesh, professor da escola de medicina e um dos autores do estudo. "Pais e pediatras deveriam perguntar para suas crianças alérgicas frequentemente se elas sofrem bullying", afirmou ele ao site do Centro Médico Monte Sinai.

Para outro autor do estudo, o professor Scott Sicherer, a descoberta deve servir de alerta para "os pais, funcionários das escolas e os médicos". Com informações como esta, eles podem agir para identificar e combater o bullying neste grupo fragilizado, pondera Sicherer.
 

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