Da Redação |
A elaboração de uma pesquisa com as 74 escolas estaduais instaladas em
Cuiabá para a coleta e sistematização de um banco de dados sobre os
registros mais frequentes envolvendo casos violentos no ambiente escolar
é uma das metas de trabalho propostas para 2013, pelo Fórum Municipal
Permanente de Educação Paz na Escola (Fompepe) da capital.
Na tarde desta quinta-feira (19.12), representantes de distintos
segmentos que integram o Fórum, juntamente diretores das Escolas,
Polícia Militar e Coordenadoria de Projetos Educativos da Secretaria de
Estado de Educação (Seduc) discutiram a eficácia das ações adotadas
desde a instituição do colegiado, em maio deste ano, e as futuras ações
para a promoção da paz em ambiente escolar e no entorno dele. A reunião
foi realizada no auditório da Seduc.
Para facilitar o trabalho integrado, as escolas da rede estadual foram
mapeadas em seis áreas de abrangência (de acordo com as regionais da
PM/MT) facilitando as medidas de intervenção que perpassaram em ações
como o emprego de rondas escolares, fortalecimento de ações preventivas e
repressivas a bocas de fumo no entorno das escolas, potencialização de
projetos escolares, palestras, oficinas envolvendo a comunidade,
passeios culturais, dentre outras.
“No geral, ainda há muito a se fazer considerando que esse é um problema
histórico e envolve a adoção de medidas conjuntas e de longo prazo. A
instalação do Fompepe possibilitou maior agilidade no atendimento das
ocorrências, mais celeridade na resolução de situações pontuais, em uma
relação mais próxima com os Conselhos Tutelares. Nós percebemos
devolutivas positivas, mas a questão ainda está longe da solução”. A
avaliação é da diretora da Escola Estadual Agenor Ferreira Leão, Silvana
Alves dos Santos (que representa as escolas instaladas na Região Sul).
Ela cita que escola onde atua está instalada no bairro Tijucal e sofre
com as 'bocas de fumo' que circundam a região.
Em sua avaliação pública durante a reunião, a diretora da Escola
Estadual João Briene de Camargo, Silmi Lemos cobrou mais unidade para o
desenvolvimento das ações pelo Fórum.
Ela teceu um breve relato de situações envolvendo a indisciplina na
escola e a desestrutura familiar que culminaram em determinações
judiciais para cumprimento da escola sem que a direção tivesse o direito
de se manifestar sobre a situação. “Nós sempre debatemos a questão da
violência, mas ainda ficamos na superfície do problema. Em 2000, nós
tínhamos casos de violência velada e hoje ela é explícita, física, que
extrapola a sala de aula, os muros da escola”. A unidade atende
estudantes da região do Jardim Leblon, Pedregal e Planalto.
Conforme a coordenadora geral do Fompepe, Marli Goveia, a instalação do
Fórum já possibilitou o mapeamento das principais dificuldades
vivenciadas pelos profissionais das unidades instaladas na capital. São
elas: a desestrutura familiar, tráfico de drogas no entorno das escolas,
o aliciamento de menores, alunos infrequentes, ausência dos pais,
família trafica e usa drogas, bulling, iniciação sexual precoce, baixo
rendimento escolar, uso do cigarro, brigas em escolas, e bares nas
proximidades.
“Articulamos entre todos os parceiros uma série de medidas para buscar
alternativas a essas questões, pois entendemos que a violência não é um
problema isolado”, pontua. Quanto à reunião, ela cita que é preciso
conhecer a fundo as ações implementadas para que possam ser
aperfeiçoadas.
Ela cita que dentre as medidas de trabalho já programadas para 2013
estão a publicação de uma cartilha orientativa sobre a rede de proteção a
jovens e adolescentes, assim como a realização de um seminário
municipal para a coleta de subsídios que potencializem a formulação de
políticas públicas para a promoção da paz.
Fórum
Fórum é uma das medidas que integram os projetos: Escola Segura e Paz na
Escola desenvolvido conjuntamente entre as Secretarias de Estado de
Educação e Segurança Pública (Sesp).
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Fonte: O Documento
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