sexta-feira, 9 de maio de 2014

Menina agredida em colégio tem o cabelo cortado e é chamada de gorda em Macapá

Aluna teria sido agredida por duas meninas no banheiro da escola, no AP. Caso foi registrado na Delegacia de Investigações em Atos Infracionais.

Abinoan Santiago

Do G1 AP


Menina disse que teve cabelo cortado com tesoura por duas garotas em Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)Menina disse que teve cabelo cortado com tesoura por duas garotas em Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)
Uma estudnte de 12 anos disse ter sido vítima de bullying na manhã desta sexta-feira (9), no colégio particular Santa Bartolomea Capitânio, no bairro Central de Macapá. A menina, aluna da instituição, foi agredida e teve os cabelos cortados com tesoura por duas adolescentes que também seriam alunas da escola. Segundo a vítima, as menores estavam uniformizadas e a chamavam de gorda durante a agressão. O caso foi registrado na Delegacia de Investigações em Atos Infracionais (Deiai).  O colégio foi procurado, mas não quis se pronunciar sobre o assunto.
Vítima mostra cabelos cortados pelas suspeitas em colégio de Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)Vítima mostra cabelos cortados em colégio de
Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)
A estudante conta que foi agredida quando entrou no banheiro da escola, por volta de 7h30, antes do início da aula. Uma das agressoras teria entrado em seguida, trancando-se com a garota no local, segundo a vítima, estudante do colégio desde 2013. A outra menor já estaria num dos boxes do compartimento.
"Quando eu cheguei, fui ao banheiro e logo depois entrou uma menina me jogando contra a parede. A outra já estava dentro do box esperando. As duas me arrastaram, começaram a cortar o meu cabelo e me chamavam de gorda. Nunca vi nenhuma delas na escola", lembrou a menina, ainda abalada com a agressão. Ela afirma não ter inimizades no colégio.
A jovem disse que conseguiu se livrar das duas após empurrá-las. Em seguida, ela teria se escondido em outro box dentro do banheiro. "Quando percebi que as meninas fugiram, eu mandei uma mensagem para minha amiga ir me ajudar porque estava com muito medo de elas estarem lá fora", contou.
Um dos momentos mais constrangedores, segundo a vítima, foi quando funcionários do colégio a levaram às salas de aula com a finalidade de identificar as meninas que teriam cometido as agressões. "Eu lembro delas, mas no momento estava muito nervosa. Não consegui reconhecê-las nas salas", disse a menina.
A mãe da vítima, a professora Karla Duarte, de 31 anos, disse que solicitou a transferência de turno da filha, para a tarde. Ela também questiona a falta de segurança na instituição. "Não tem câmeras e nem segurança nos corredores. Pagamos uma mensalidade tão cara e acabamos sofrendo essas coisas. Será o último semestre dela aqui", reclamou.
A menina contou que no momento em que se olhou no espelho e viu os cabelos cortados, desanimou-se em continuar estudando. "Fiquei muito triste ao ver meus cabelos picotados. Eu não quero mais ir para a escola. Não sinto nem vontade", disse.
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