Menina de 11 anos com transtorno de atenção leva soco e pedradas em unidade estadual de ensino e mãe ameaça ir à Justiça
Wesley Alcântara - Especial A Cidade
Foto: Matheus Urenha / A CidadeEstudante de 11 anos vítima de colegas de escola afirma que não quer mais voltar às aulas
A dona de casa R.E.P., de 30 anos, afirma que a filha de 11 anos é vítima de bullying (intimidação de colegas de classe por intolerância) desde o ano passado, na escola estadual Vereador José Bompani, no Conjunto Valentina Figueiredo, zona Norte de Ribeirão Preto. Na semana passada a menor foi agredida com um soco no rosto e apedrejada pelos colegas da sala de aula, logo após sair da escola.
Uma inspetora acompanhou a menina até a casa da avó. Mesmo assim, um grupo de dez crianças continuou a atirar pedras, que acertaram apenas a mochila da menina.
A mãe diz que a filha, repetente da 4ª série do ensino fundamental, é perseguida porque tem dificuldade no aprendizado. Aos 4 anos, pediatras diagnosticaram que a menor tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.
"Os colegas da sala a xingam de burra e de gorda. Como fica chateada, acaba revidando aos xingamentos e os alunos a agridem", disse R., que pretende processar o Estado caso nenhuma providência seja tomada. A família da estudante pede a mudança dela para outra escola, desde que o ensino seja de qualidade.
Providências
Os pais da menina participaram nesta terça-feira de uma reunião na escola, que prometeu providência. O conselheiro estadual da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado), José Wilson de Souza Maciel, diz que a entidade oferece projetos para orientar professores a combater o bullying.
A Secretaria da Educação do Estado afirma trabalhar no combate à violência escolar e que conquistou resultados significativos com o Programa Sistema de Proteção Escolar, implantado em 2009. O projeto conta com manuais de procedimentos e conduta, que servem como referência à convivência no ambiente escolar e detalham normas adotadas em situações de conflito.
Os nomes não foram divulgados para não identificar a menor, segundo preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Fonte: Jornal A Cidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário