Reuters
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Um inquérito conduzido pela instituição de caridade britânica Action for Children a 2 mil menores entre os 8 e os 17 anos concluiu que 15% admite ter feito bullying online. Destes, 59% fizeram-no para se integrarem num grupo social e 43% queriam prevenir serem eles o alvo. Há ainda 28% que admitiram ter sido agressivos online por pressão dos colegas e 12% confessaram que faziam bullying porque se sentiam infelizes.
Cerca de metade dos jovens inquiridos contou ter ficado em silêncio depois de ver ou ler alguma coisa online que os fez sentir desconfortáveis, ao invés de contarem a alguém. Um em cada cinco admitiu não ter dito nada por ter medo do que um bully poderia fazer, cerca de metade admitiu não estar preocupado em dizer a alguém o que viu, enquanto 17% confessaram estar com medo de ficar em sarilhos se o dissesse a alguém.
Deanna Neilson, diretora da proteção de menores na Action for Children, considera "chocante que o bullying online seja tão predominante", mas sublinha que "não devemos perder vista o facto de que muitas destas crianças o fazem porque se passa algo de errado nas suas vidas, ou fazem-no porque estão com medo de ser alvo ou banidos socialmente."
"Baixa autoestima, stress na escola ou serem vítimas de colegas ou adultos são tudo razões para que uma criança possa agir sobre as outras", esclarece Neilson
A responsável aconselha ainda aos pais a perguntarem aos seus filhos acerca do dia que tiveram online, tal como perguntam pelo dia que tiveram na escola, de forma a evitar este tipo de situações. "Seja a sua criança vítima de bullying ou quem o está a fazer, o problema e outros assuntos potencialmente mais severos deverão ser abordados," conclui.
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